A direção do Museu Oscar Niemeyer (MON) tem realizado uma intensa campanha em busca de parceiros internacionais. O objetivo é viabilizar para o biênio 2005/2006 o intercâmbio de acervos e mostras itinerantes junto aos museus e galerias do exterior. Com esse propósito, a diretora-presidente do MON, Maristela Requião, esteve em Nova York.
Durante a visita, Maristela manteve contato com dirigentes e representantes de pelo menos cinco importantes museus, entre eles o Metropolitan Museum, o MOMA (Museum of Modern Art ) e o Dahesh Museum. Ela também foi com a responsabilidade de apresentar a estrutura física e técnica disponível e o trabalho realizado no Museu Oscar Niemeyer, em quase dois anos de atividade.
Os resultados mais significativos da viagem foram o avanço das negociações com o MOMA e a possibilidade de incluir o MON na itinerância, pela América do Sul, da mostra do desenhista francês Gustavo Doré, que estará sendo promovida pelo Dahesh Museum, no próximo ano. Por enquanto, o MON é o único museu brasileiro em vias de ser incluído no roteiro da mostra. Doré é considerado o grande mestre da gravura em madeira. Entre suas obras célebres estão Contos Alegres de Balzac e A Divina Comédia.
"Foi o primeiro museu que visitei e fui muito bem recebida pelo diretor Peter Trippi. As negociações para trazer Doré foram iniciadas. Tratamos ainda sobre o grande interesse que temos de apresentar em Curitiba o próprio acervo do Dahesh, que, além de Doré, possui obras de Paul Delaroche e de vários outros da Academia Européia de Arte, dos séculos 19 e 20", afirmou Maristela.
Colhendo frutos dos contatos iniciados em 2003, o compromisso firmado com o diretor do MOMA, Jay Levenson, de ele vir ao Brasil, no primeiro semestre de 2005, para conhecer oficialmente as instalações do MON, foi outra sinalização positiva. "A promessa é a de que seja firmado um intercâmbio cultural entre o MOMA e o MON."
Uma das propostas é realizar o intercâmbio de publicações e informações, além das exposições. A troca didática deverá servir para a formação de acervo bibliográfico, que contemple a pesquisa interna e externa. A primeira ação nesse sentido foi concretizada. Os livros e catálogos de mostras realizadas no MON, levados pela diretora-presidente, já foram incluídos no acervo da biblioteca do MOMA.
Observação
"Temos nos empenhado em trazer ao público do MON o que há de melhor na arte internacional e levar para o exterior o que há de melhor na arte paranaense e no País, via Museu Oscar Niemeyer", enfatizou Maristela. Esse foi um dos objetivos na Neuhoff Gallery. Munida de documentação gráfica e fotográfica, Maristela apresentou à diretora da galeria, Nicole Katz, dois artistas brasileiros, o paranaense Osmar Chromiec e o paraibano José Rufino, cujos artistas já expuseram no MON. As negociações deverão ter prosseguimento no próximo ano.
A agenda oficial foi encerrada no Metropolitan Museum of Art e no Bronx Museum. Neste último, a visita foi recomendada pelo ex-diretor do Bronx, Luis Cancel, um dos curadores mais conceituados no Brasil e no exterior. Cancel foi o curador convidado da exposição O Dadaísmo e o Surrealismo na Coleção de Vera e Arturo Schawartz, realizada entre julho e setembro. A mostra foi considerada, junto com Rembrandt e a Arte da Gravura, uma das mais importantes realizadas no MON neste ano.
Por ser apontado como modelo de museu no mundo, a visita ao Metropolitan fechou a programação da diretora-presidente do MON. Exemplo em todas as áreas, desde a administrativa, educativa, até a área gráfica, nele o interesse foi observar, aprender e apreender o funcionamento de tudo. A direção do MON pretende intensificar em 2005 o contato com a instituição para realizar uma parceria. O Metropolitan guarda em sua coleção tesouros das artes plásticas, como Vicent van Gogh, Pablo Picasso, Monet, Gauguim, entre outros.
"O Museu Oscar Niemeyer já não é mais um museu desconhecido no exterior. Fora do País, o museu começa a ser uma referência pelo trabalho que estamos realizando. Para repetir o desempenho que obtivemos em 2004, estamos intensificando e consolidando os contatos no exterior." O MON fechará o ano com 19 exposições viabilizadas, contra 11 no ano anterior.
No próximo dia 17, haverá a abertura para convidados de uma grande exposição do escultor cerâmico Francisco Brennand. A mostra do paranaense Theodoro De Bona abre na mesma data. Ambas são produções do museu, como outras que ocorrem durante o ano. Com isto, a direção do museu sinaliza que a política interna de difusão e valorização de artistas brasileiros, incluindo paranaenses, não ficará aquém do interesse por obras de artistas estrangeiros.
Serviço:
Museu Oscar Niemeyer
Endereço: Rua Marechal Hermes, 999
Centro Cívico ? CEP: 80530-230
Telefone: (41) 350-4400
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h30h (bilheteria para vendas de ingresso aberta somente até às 17h45)
Preços: R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes identificados
(Crianças de até 12 anos, maiores de 60 e grupos de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental, pré-agendados não pagam)
Agendamento prévio para escolas pelo e-mail: agendamento@mon.org.br ou pelo telefone (41) 350-4418, das 10h às 18h