O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu (28) hoje a integração das políticas regionais de geração de emprego do ministério e das secretarias estaduais e municipais do Trabalho, do movimento sindical e de entidades privadas, para aumentar os postos de serviço no país. "Com uma união dessa natureza, além de proporcionar maior eficácia, os custos seriam reduzidos", disse ele.
Ao abrir, em Porto Alegre, o Congresso Regional Sul do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, Marinho informou que o evento está sendo organizado pelo ministério em todas as regiões brasileiras para discutir a eficiência dos programas de seguro-desemprego, intermediação de mão-de-obra, qualificação profissional e de geração de emprego e renda, "com o objetivo de melhorar a inclusão do trabalhador no mercado de trabalho". O próximo encontro será no início de agosto em Manaus.
"A idéia é debater o que é preciso fazer no sistema público de emprego do país, buscando uma forma integrada de melhor atender os trabalhadores e trabalhadoras que mais necessitam dos vários elos do sistema", destacou o ministro.
Sobre a retomada do emprego no país, ele disse que, nos 30 meses do atual governo, a média mensal é de 104 mil novos empregos no mercado formal, com carteira assinada. Segundo Marinho, em junho, foram criadas 195 mil vagas, o "segundo melhor histórico do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)".
Ele ressaltou que a meta é manter a criação de 100 mil vagas a cada mês, em média, até o fim do mandato do presidente Lula. De acordo com Marinho, a meta pode inclusive ser superada, se a economia continuar a crescer, gerando mais empregos.
"Apesar da pequena desaceleração observada nos índices, existe possibilidade de uma ‘alavancada’ na economia, motivada pela redução dos juros e a estabilização do câmbio", afirmou. Para isso, ressaltou Marinho, é preciso que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicie o processo de redução dos juros.
Ele informou que, no dia 9 de agosto, será instalada a comissão quadripartite que vai elaborar a proposta de uma política permanente para o salário mínimo, que não dependa de quem estará à frente do governo.
Até amanhã (29) serão debatidas na capital gaúcha as bases da reforma do Sistema Público de Emprego, a serem consolidadas no II Congresso Nacional, de 24 a 26 de agosto, em São Paulo. O objetivo é fortalecer a gestão tripartite (governo, trabalhadores e empresários) e analisar o funcionamento das tomadas de decisão nas comissões municipais e estaduais de empregos e no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
Participam das discussões representantes das secretarias estaduais, dos conselhos estaduais de emprego, das comissões e das secretarias de municípios com população acima de 300 mil habitantes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de universidades e centros de pesquisa. Congressos regionais já foram realizados em Fortaleza, Belo Horizonte e Goiânia. No início de agosto, será realizado em Manaus mais um encontro regional.