Milão recebe festival de cinema brasileiro contemporâneo

O 3º Festival de Cinema Brasileiro Contemporâneo de Milão, que será realizado entre 5 e 10 de maio, vai apresentar dez produções recentes do país, das quais oito são inéditas na Europa. O diretor será o crítico italiano Giovanni Ottone, um dos maiores especialistas estrangeiros em cinema brasileiro.

O festival é organizado pelo Instituto Brasil-Itália, que promove a cultura brasileira com exposições, debates, projeções, shows e cursos de dança e de português em cidades italianas. O evento também conta com o apoio do Consulado do Brasil em Milão.

Os filmes apresentados serão “Feliz Natal”, do ator Selton Mello; “Amigos de risco”, de Daniel Bandeira; “Otávio e as letras”, de Marcelo Masagao; “Chega de saudades”, de Laís Bodanzky; “Juventude”, de Domingo Oliveira; “A casa de Alice”, de Chico Teixeira; “A orquestra dos meninos”, de Paulo Thiago Gomes; “Nome próprio”, de Murilo Salles; e os documentários “Pindorama – a verdadeira história dos 7 anões”, de Roberto Berliner, Leo Crivelare e Lula Queiroga; e “PQP”, de Guilherme Coelho.

Em Milão estarão presentes os diretores Paulo Thiago Gomes e Daniel Bandeira, que vão debater com o público após as sessões de projeção de seus filmes.
Haverá também um “brunch” em 9 de maio, que contará com a participação de convidados brasileiros, críticos de cinema e representantes culturais italianos.
De acordo com Ottone, o cinema brasileiro “ofereceu nos últimos 15 anos uma série de novidades interessantes no âmbito mundial, tanto na área da temática e de técnicas narrativas como em termos de opções estilísticas”.

O crítico italiano citou como “características mais notáveis” do cinema brasileiro “a variedade estética e de formato, a elaboração de gêneros, a diversidade, a fragmentação intelectual e uma forte tendência autoral”.

“É um cinema que vive um processo de nova sensibilidade, que descobre e redescobre o seu próprio país, recupera sua identidade pessoal e coletiva e se empenha na superação do limite entre documentário e ficção”, ressaltou.

Ottone ainda destacou o fato de que “no começo desse século XXI, o cinema brasileiro produziu uma média de 60 filmes por ano (68 apenas em 2008), e desde 1995 abriu as portas da indústria para mais de 200 jovens diretores que realizaram suas primeiras obras”.

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