A final do Masterchef Brasil 2017 contou com o ingrediente principal do reality show: pressão. Com altas doses de suspense e competição, as finalistas Michele Crispim e Deborah Werneck tiveram de cozinhar um menu completo para os chefs jurados Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça. O programa, exibido na noite de 22 de agosto, intercalou as gravações da prova com a expectativa do público ao vivo. Na votação on-line no site da emissora, Michele tinha 75% da torcida a seu favor.
Michele levou o troféu Masterchef 2017 por sua ousadia e brasilidade do menu. Além do troféu, a vencedora ganha um cartão Carrefour com limite de R$ 1 mil por mês por um ano, uma bolsa de estudos de técnicas culinárias na Le Cordon Bleu Paris, na França, e um kit de produtos Tramontina. Deborah também ganhou o cartão Carrefour e um curso na Le Cordon Bleu Ottawa, no Canadá. Mais de 900 pessoas estavam acompanhando a final dentro do estúdio em São Paulo. No mezanino, todos os ex-competidores do Masterchef 2017.
As finalistas tiveram cinco minutos de mercado para entregar a entrada, uma hora para o prato principal e uma hora para sobremesa. A escolha de cada uma foi simbólica: Deborah escolheu ingredientes nobres — vieira e lagosta –, enquanto Michele usou cortes mais acessíveis, considerados de segunda, tutano e cupim. Paola avaliou a final do Masterchef 2017 como os menus mais autorais de todos. “Os pratos estão bem autorais, sem receitas clássicas adaptadas”, disse a jurada Paola Carosella. “Eu gostei porque vocês estão procurando o sabor do Brasil”, disse Jacquin. Michele contava com a torcida de Vitor Bourguignon, representante de Curitiba na mesma edição.
Menus completos
Deborah Werneck preparou um menu com frutos do mar e farofas para todos os pratos. De entrada, vieira com farofa de bacon, aïoli de azedinha e chips de batata-doce. Como prato principal, lagosta, chuchu laminado, chutney com farofa de biju e castanha do Brasil e, para finalizar, folhado de creme de confeiteiro com tangerina com farofa de pistache. O ponto da lagosta foi elogiado pelo Erick Jacquin, enquanto a farofa da entrada foi a preferida do Fogaça. Dos pontos negativos, a apresentação do chuchu no prato principal, que estava escondido debaixo da farofa, foi um dos comentários de Fogaça. Paola observou que a massa folhada da sobremesa poderia estar mais crocante.
Michele Crispim fez um tutano com crosta de cogumelos e panko de entrada. No prato principal, cupim recheado com pupunha, como se fosse o osso dentro da carne, com purê e crispy de alho-poró e tartar tropical, com abacaxi, hortelã e baba de moça. Para manter o sabor do cupim, Michele cozinhou a carne na água e o molho foi feito à parte, finalizado na manteiga. “Quis fazer uma apresentação delicada para o cupim”, disse. Jacquin definiu o prato principal de Michele como ousado e equilibrado, enquanto Paola observou que a folha do alho-poró deixou o prato mais amargo e que faltou refinamento na finalização do prato e ao picar o abacaxi da sobremesa.