A rede de televisão NBC disse ontem que o astro pop Michael Jackson teria pago cerca de US$ 2 milhões nos anos 90 para que o filho de um empregado de sua residência no rancho da Terra do Nunca, na Califórnia, não tornasse públicas acusações de abuso sexual. Jim Thomas, que foi chefe da polícia do condado de Santa Barbara, disse que em 1993 seu departamento investigou o cantor por causa de acusações de um menino sobre abusos sexuais.
A notícia traz de volta o nome do artista às manchetes. Na quinta-feira, o juiz Rodney Melville, de Santa Bárbara, Califórnia, não aceitou um pedido de redução da fiança de Michael Jackson, estipulada em US$ 3 milhões, afirmando que havia evidências nos autos de que ele pensara em fugir para o Brasil com a família do rapaz que o acusou de abuso sexual.
A informação de que Michael teria proposto à família do garoto mandar todos para o País consta dos autos do processo, revelados em maio deste ano, numa audiência no tribunal. Mas a promessa de que o cantor iria se reunir a eles mais tarde, numa cidade brasileira não especificada, é novidade. Integrantes da família, de identidade não revelada, falaram do suposto plano do cantor em depoimentos, afirmando que foram contrários à proposta.
O julgamento está marcado para 31 de janeiro de 2005 e Michael tem sofrido algumas derrotas nas audiências preliminares. Ele não conseguiu derrubar provas apreendidas em sua propriedade Neverland, que a promotoria usa para mostrar que ele deliberadamente equipou o lugar para seduzir menores, com muitos brinquedos, réplicas de super- heróis e um zoológico particular.