A defesa do cantor Michael Jackson sofreu um revés no tribunal que examina as evidências contra ele por abuso sexual de um menor de 12 anos. para o julgamento, marcado para 31 de janeiro de 2005. O juiz Rodney Melville decidiu que a promotoria tinha “causas prováveis” para acreditar que Jackson cometera um crime quando deu uma batida na propriedade Neverland e apreendeu material para instruir o processo. O advogado de defesa Thomas Mesereau queria impedir que o material fosse usado contra seu cliente, alegando que a promotoria excedeu os termos do mandado. O juiz decidiu que a queixa de um menor por abuso sexual era o suficiente para justificar as buscas e nada viu de ilegal nelas.
Ele só fez uma concessão à defesa, permitindo que fossem contestados alguns itens apreendidos, mas isso não significa que serão impugnados. Na audiência desta terça-feira, Melville multou em mil dólares um dos advogados de Jackson, Brian Oxman, irritado com sua insistência em que o psicólogo Stan Katz quebrasse o sigilo entre médico e paciente, revelando pormenores da terapia que fez com o menor queixoso. Oxman foi seguidamente advertido pelo juiz de que não poderia seguir aquela linha de interrogatório, mas o advogado insistiu até que o juiz perdeu a paciência.
A audiência de instrução começou na segunda-feira, quando Michael Jackson compareceu ao tribunal com as irmãs famosas Janet e LaToya, e os irmãos menos conhecidos Jermaine e Randi, todos vestidos de branco. Ele reverteu a postura discreta que vinha mantendo e partiu para uma ofensiva de relações públicas.