Em entrevista ao apresentador Ed Bradley, concedida na noite de Natal no programa 60 minutos e exibida na íntegra na noite de domingo pela rede de TV americana CBS, Michael Jackson declarou que foi maltratado pela polícia ao ser algemado no dia de sua prisão, no mês passado, em Santa Bárbara, chegando a sofrer um deslocamento de ombro.

?Eles deveriam apenas tirar minhas digitais, mas me trataram rudemente. Meu ombro foi literalmente deslocado. Aquilo me machucou muito, sinto dores o tempo todo até hoje?, disse ele. Em outra declaração polêmica, Jackson reclamou que, ainda no dia de sua prisão, foi mantido por 45 minutos trancado numa sala que fedia a fezes espalhadas por toda parte, antes de poder lançar mão de seus direitos como prisioneiro.

Autoridades do Condado de Santa Bárbara, responsáveis pela prisão, preferiram não comentar as declarações. Ontem, no entanto, o promotor Thomas Sneddon, que investiga o caso, se pronunciou afirmando que Jackson teve o tratamento normal e justo dispensado a qualquer preso em custódia.

Na mesma entrevista, o astro pop voltou a negar as várias acusações de abuso sexual de menores que pesam contra ele. Michael Jackson voltou a repetir que não vê nada demais em dormir com crianças em sua cama.

Deus

Ao ser pressionado pelo apresentador a responder se, como pai de três crianças, permitiria que um dos seus filhos dormisse na mesma cama de um homem de 45 anos, e se ele entendia como isso soava mal, Jackson respondeu: ?As pessoas só pensam em sexo. Minha mente não funciona assim. Quando vejo crianças, vejo a face de Deus. É por isso que as amo tanto?, acrescentou ele. O cantor, que falou à CBS de um hotel em Los Angeles, disse ainda que ?cortaria os pulsos? antes de machucar uma criança.

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