No início, ele era apenas o filho de Kirk Douglas, um dos grandes astros da história de Hollywood. Mas se há coisa que nunca faltou ao Michael Douglas foi ambição – e inteligência. Ele se afirmou primeiro como produtor – Um Estranho no Ninho, de Milos Forman, campeão de Oscars, e A Síndrome da China, sobre um tema polêmico, vazamento nuclear – antes de conquistar espaço também como ator.

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Michael chegou a receber um prêmio de melhor ator – por Wall Street, Poder e Cobiça, de Oliver Stone, em 1987 – e, nesse sentido, superou o pai, que concorreu mas nunca ganhou a estatueta, exceto bem depois, um prêmio de carreira.

Michael Douglas nasceu em 25 de setembro de 1944. Isso significa que nesta quinta-feira, 25, exatamente, completa 70 anos. A coincidência é que sua (ainda) mulher, Catherina Zeta Jones, também nasceu em 25 de setembro (de 1969, quando ele já estava produzindo) e agora festeja 45 anos. Há uma diferença de 25 anos entre os dois. Pareciam um dos casais mais estáveis de Hollywood, mas se divorciaram no ano passado, em meio a rumores de brigas por dinheiro. Havia uma fortuna em jogo, o que acirrava ainda mais o clima de disputa. Dois meses após a separação, voltaram a morar juntos. Como?

O típico happy end hollywoodiano? Tanto pela fama como produtor e ator, Michael Douglas criou a lenda de priáprico. Como sex addict, viciado em sexo, chegou a se internar diversas vezes para tratamento. Para o público masculino – e até parte do feminino, convenhamos – era um sonho. O cara que não consegue parar de fazer sexo, e em Hollywood, onde ele, por seu poder dentro da indústria, presumivelmente teria/tem acesso às mais belas estrelas. Com quantas Michael Douglas foi para a cama? Teve fase em que ele trocava de mulher bonita todas as noites. Dificilmente, dado seu perfil, seria só para posar para os fotógrafos.

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Catherina nasceu como estrela em Cannes, num filme fora de concurso. Já tinha feito outros antes, mas aquele foi especial. Em Armadilha, de Jon Amiel, ela era a parceira do ex-007, Sean Connery, em roubos espetaculares. O filme – sub-hitchcockiano, podia até não valer grande coisa -, mas uma cena entrou para a história. Catherina, com um collant preto, pratica verdadeiros contorcionismo para ultrapassar os fios de laser que guardam uma fortuna. Se aquela mulher tinha aquela maleabilidade física, imagina o que não faria na cama? Não admira que Michael Douglas tenha se casado com ela, e se ‘curado’ do vício.

Ela também ganhou o Oscar – de coadjuvante, pelo musical Chicago, de Rob Marshall, em 2003. Ambos fizeram filmes que marcaram época. Michael, muitos mais, claro. Alguns, apenas – Instinto Selvagem, Atração Fatal, Assédio Sexual, todos movidos a sexo, e Traffic, Wall Street – O Dinheiro nunca Dorme (de novo com Stone) e Behind the Candelabra , no qual criou o mais extravagante gay do showbiz dos EUA, Liberace. Catherina, a série Zorro (com Antonio Banderas), O Terminal, de Steven Spielberg, Red 2. Antes do cinema, fez teatro, muitos musicais, incluindo o remake de Pajama Game. Como cantora, tem uma discografia com mais de dez títulos de CDs. Um destaca-se – A Little Night of Music, com ninguém menos que Stephen Sondheim. Por bela e talentosa que seja, a vida não deve ser fácil para Catherina, que sofre de transtorno bipolar. Michael também tem tido problemas de saúde e, em 2010, foi diagnosticado com câncer na garganta. Isso, de certa forma, os humaniza. E Michael e Catherine têm hoje o que comemorar em sua cobertura em Nova York.

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