Meu, teu, nosso…

Morei durante muitos anos em uma casa, onde eu curtia um pequeno jardim com algumas roseiras. Nos intervalos entre uma roseira e outra, ?funcionárias? ou amores-perfeitos, conforme a estação. Muitas hortênsias, uma trepadeira de pequenas rosas cobria um dos muros. Em um dos cantos da casa, havia um pé de brincos-de-princesa… Bem no centro, um jasmineiro. Nos fundos, um canteiro de grama e um ipê amarelo.

Mudei de casa e de vida… Não mais aquele ?papo-furado? com minhas vizinhas, nós sentadas no muro baixo, defronte às nossas casas, conversando trivialidades, deixando o tempo passar, vendo nossos filhos brincando e crescendo.

Mudei para um apartamento onde não tenho rosas, nem jasmins… As minhas amigas e vizinhas também mudaram e aqui também não tenho o muro onde sentar para ?bater um papo-furado?.

Defronte ao prédio, onde moro atualmente, um canteiro permaneceu abandonado por alguns anos. Enfim, depois de algumas decepções, um pouco de trabalho e a cooperação de alguns vizinhos (inclusive alguns que ainda não sei quem são, pois se escondem no anonimato), aquele canteiro transformou-se em um pequeno jardim…

 Margarita Wasserman é escritora e membro do Instituto H. e Geográfico do PR.

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