Os retratos da vida de uma jovem que luta para manter uma quitanda antiga no Rio de Janeiro, vive às voltas com uma série de dívidas e desconhece a identidade do próprio pai. Este é o enredo do filme Meu nome é Dindi, dirigido pelo carioca Bruno Safadi, de 28 anos. A obra acaba de entrar em cartaz na sala Groff da Cinemateca de Curitiba e já foi exibida em diversas partes do Brasil, também tendo sido levada para Índia e Portugal.
“O filme é dotado de grande delicadeza. Retrata a realidade de uma mulher extremamente forte, que tenta lidar com as mudanças do dia-a-dia e com a própria realidade. Por outro lado, também mostra situações de sonho e fala das vontades de superação da personagem”, diz a atriz carioca Djin Sganzerla, que interpreta Dindi (nome tirado de uma música de Tom Jobim) e que pelo filme recebeu, em 2008, o prêmio de Melhor Atriz conferido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).
Rodado em dezoito planos-sequência, a obra é totalmente independente e tem um final aberto. Em cada lugar que passa, vem provocando reações variadas do público e recebendo elogios da crítica especializada. Com quase uma hora e meia de duração, é o primeiro longa-metragem dirigido por Bruno Safadi, que já dirigiu vários curtas e trabalhou como assistente de direção de diretores como Nelson Pereira dos Santos e Ivan Cardoso.
“Bruno é um jovem diretor, mas bastante maduro. Talvez pelas experiências que teve como assistente, é muito sensível, talentoso e criativo, fazendo um trabalho de parceria com os atores. Acho que é uma pessoa que está vindo para ficar e que realmente pertence ao cinema”, comenta a atriz.
Meu nome é Dindi conquistou o prêmio de Melhor Filme na 11.ª Mostra de Cinema de Tiradentes 2008 e no 12.º Festival de Cinema Luso-Brasileiro, em Santa Maria da Feira, em Portugal, também no ano passado. Além de Djin, tem no elenco Carlo Mossy, Gustavo Falcão, Nildo Parente e Maria Gladys. A direção de fotografia e operação de câmera é assinada por Lula Carvalho, também responsável pela fotografia de Tropa de elite (2007).
Serviço
Programação da Fundação Cultural de Curitiba, até 15 de janeiro: -Meu nome é Dindi, às 15h30 e 20h. Cine Luz (Rua XV de Novembro, 822). -Nossa vida não cabe num opala, às 17h45 e 20h (no domingo, dia 11, apenas às 20h). -Uma garota dividida em dois, às 15h30 e, aos domingos, às 17h45. -Kirikou – os animais selvagens, às 10h30 e 15h30. Na Cinemateca de Curitiba (Rua Carlos Cavalcanti, 1174).
Cartaz do filme de Bruno Safadi, cineasta carioca de 28 anos.
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