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Mesmo após brigas na Justiça, filho de Marciano lamenta sua morte

Fabiano Martins, filho do cantor Marciano, que travou uma batalha judicial para ser reconhecido por seu pai ao longo de anos, publicou um desabafo após a morte do sertanejo nesta sexta-feira, 18, aos 67 anos.

“Todos que me conhecem sabem da péssima relação que eu tinha com meu pai. Mas estou muito triste com essa notícia”, relatou em seu Instagram.

O caso entre Fabiano e Marciano chamou atenção do público em 1997, com a realização de um exame de DNA em programa apresentado por Ratinho. Ao longo dos anos seguintes, o tema foi explorado por diversas atrações televisivas. Em 2016, Marciano chegou a mover um processo contra o próprio filho.

Em entrevista ao Superpop em junho de 2018, Fabiano chegou a declarar: “Nem de pai dá para chamar mais ele [Marciano]. Pede R$ 20 mil de indenização em vez de pedir perdão para mim, recorre, e vai perder de novo. Depois que me tornei herdeiro, ele pegou mais ódio ainda. Nunca fui atrás de um real do meu pai, mas não vou abrir mão da herança. Eu tenho o mesmo direito da filha dele.”

Após a morte de Marciano, Fabiano, que também é cantor, ressaltou estar passando por um luto: “Não era uma relação boa, mas, gente… É pai. Com certeza eu fiquei triste, tô chateado. […] Confesso a vocês que me abalou muito essa notícia, mesmo a gente não tendo uma relação boa. Só o fato de saber que ele é meu pai, isso já é o suficiente”.

Fabiano contou que pessoas próximas questionaram se ele estaria, de fato, triste com a situação: “Não tem como, gente. Por mais que a gente não tivesse uma relação boa, ele era meu pai, me gerou nesse mundo. Se hoje eu tenho o dom de cantar é graças ao meu pai. Herdei dele esse dom”.

“E confesso a vocês que eu tinha um sonho, desde menino, de pegar um violão, sentar ao lado do meu pai e cantar com ele. Mas infelizmente eu não consegui realizar esse sonho em vida. Tenho certeza que no plano espiritual vou encontrar meu pai e dar esse abraço que não pude dar em vida. Disso tenho certeza absoluta.”

Por fim, Fabiano pediu à família de Marciano que lhe permita dar um abraço no corpo do pai antes do enterro: “O que eu peço, de verdade, pra mulher dele, Alexandra, que me deixe eu dar um último abraço no meu pai naquele caixão. O abraço que não pude dar em vida”.

“Que eu possa dar esse abraço nele. Não era do jeito que queria, da forma que queria, mas é o jeito que Deus quis. Só peço à Alexandra que me deixe dar esse último abraço nele. Não sei se vão deixar, não sei o que passa na cabeça deles. É só isso que peço, de coração.”

Fabiano afirmou ter “lutado” e “batalhado” para ser amigo do pai, sem sucesso.

“Meu sonho sempre foi gravar uma música com meu pai, mas não rolou. […] Agora, mais do que nunca, cantarei as músicas do meu pai nos shows. Músicas que ficarão eternizadas em nossos corações. Hoje é um dia muito triste pra música sertaneja que perdeu um grande ídolo, um grande ícone, um grande nome.”

“Agora não é hora de a gente culpar eu ou ele, quem tenha falhado. Só Deus pode julgar. […] Que Deus receba meu pai de braços abertos e que um dia a gente possa [se] encontrar num outro plano”, concluiu.

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