Depois de um disco lançado em 2005, quando os irmãos Keops e Raony Andrade ainda tinham 15 anos, o Medulla passou por anos de reestruturação. De maturidade, também. Eram guris que só, afinal, quando lançaram Fim da Trégua, o raivoso (e bom) disco de estreia, amparados por uma grande gravadora (na época, a Sony-BMG). Depois dele, deixaram a gigante do mercado fonográfico, seguiram no caminho independente, colocaram na rua EPs de diferentes formatos (do site Myspace a uma espécie de botton/pen drive), mais dois discos de estúdio.

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Neste sábado, 23, a banda estreia em São Paulo uma nova turnê, que celebra mais uma fase do grupo, na qual lançará singles até o final do ano (ou até o início de 2019), quando essas faixas se juntarão a outras inéditas em um novo álbum. Também se despedem da cidade, já que, a partir de 25 de julho, seguem para uma extensa turnê pelo território europeu, de dois meses de duração e 40 shows marcados.

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Medulla, como é possível perceber até aqui, é uma banda em transformação. Constantes mudanças, andanças, caminhadas e transmutações. O grupo de Fim da Trégua não é o mesmo do primeiro EP, Akira, que também difere do mais recente disco de estúdio, Deus e o Átomo, de 2016.

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Agora, o Medulla aproxima sua poesia crua, dura e suja com o trap (ritmo de batidas vagarosas, vozes ecoadas e graves intensos), como o exibido em Um Leão Por Dia, a nova faixa que dá nome à apresentação deste sábado e que ganhou um videoclipe com direção de Felipe Vieira e direção de arte de Cironak. “A gente consome isso (o trap)”, explica Alex Vinicius, guitarrista da banda. “Queríamos soar assim também.”

MEDULLA

Fabrique Club. Rua Barra

Funda, 1.075, tel. 4306-4220.

Sáb. (23), a partir das 17h.

R$ 20 a R$ 40.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.