Max Cavalera quer deixar todos os problemas para trás. A começar pela paralisia facial da qual se recupera desde o fim de fevereiro. “Fui no médico e ele falou que já passou 90% do problema. Tomei alguns antibióticos e fiz alguns exercícios mexendo a cara, mas é um vírus que demora um tempo pra sair. Só se percebe a melhora de três semanas a um mês”, explica o músico que também planeja fazer as pazes com João Gordo, do Ratos de Porão, com quem brigou na primeira visita do Soulfly ao Brasil, em 1998.
Agora, lançando “Enslaved” o oitavo disco da banda ele tem o que comemorar. O CD, que chegou ontem ao Brasil, já considerado, pela crítica especializada, o melhor álbum de sua banda atual, num trabalho comparado ao que fez com seu antigo grupo, o Sepultura. Para completar, “Enslaved” conta com a participação dos três filhos de Max em “Revengeance”, uma homenagem a Dana Wells, enteado do músico que morreu em 1996.
“É legal porque o disco ficou bem porrada mesmo. Tem gente nova na banda: o Tony tocando baixo, que é um cara bom pra caramba e o David na bateria, que vem de uma escola de death metal, tocando com dois bumbos e fazendo coisas bem ligadas ao gênero. Com a ajuda desses caras eu consegui fazer o “Enslaved”, que é um disco mais ligado ao death metal, bem extremo, um Soulfly que ninguém estava esperando. Acho que surpreendeu muita gente.”