O Museu de Arte de São Paulo (Masp) inaugura amanhã, para convidados, e na quarta-feira para o público a exposição ‘China: Construção/Desconstrução’. Por dois anos, a curadora Tereza de Arruda veio trabalhando na mostra de arte contemporânea chinesa, que traz cerca de 45 obras – grande parte pinturas – de 16 artistas – 5 deles representados apenas por vídeos. Além de pinturas, a exposição terá fotos, instalações e performances.
Li Guo Sheng, dono da galeria Chinablue, que ajudou a organizar a mostra, afirma que ela terá a participação de artistas consagrados internacionalmente – como Wang Qingsong, de outros que começam a se projetar fora da China e de jovens ainda desconhecidos. Wang Qingsong – de operário modelo de poços de petróleo nos anos 80 a artista plástico consagrado internacionalmente – é um dos melhores exemplos do diálogo entre história e arte que marca grande parte da produção contemporânea da China.
Além de Wang Qingsong, outras estrelas serão Ai Wei Wei, He Yunchang, Yin Zhaoyang, Zhou Wenzhong e Zhou Xiaohu. Segundo Li Guo Sheng, o objetivo é apresentar a China como um país em desenvolvimento, imerso em rápida transformação e no qual a arte também vem sendo construída.
O pintor Zhou Wenzhong, de 34 anos, terá cinco obras em exibição e estará em São Paulo nesta semana junto com outros dois artistas que também participam da mostra, Chen Bo, de 35 anos, e Xiong Yu, de 33. Como Wang Qingsong, Zhou Wenzhong reflete em sua arte: “Na escola eu tinha altos ideais, mas minhas aspirações e sonhos se confrontaram com a realidade. A arte é uma maneira de escapar do sentimento de frustração.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.