Martinho da Vila canta clássicos em novo CD

Como todo sambista, Martinho da Vila adora contar histórias. Mais do que isso: ele gosta de reunir os amigos em casa para uma boa roda de samba. Entre cervejinhas e aperitivos, geralmente durante essas rodinhas, o cantor lembra de uma música que tem tudo a ver com a história que está contando. Então, ele a toca para os amigos no violão, enquanto outro o acompanha no pandeiro. Tudo bem informal.

Foi esse clima caseiro que Martinho transpôs para seus novos CD e DVD, batizados de ‘O Pequeno Burguês’. “É um título com o qual eu me identifico muito. Foi meu primeiro grande sucesso. Pequeno burguês é todo aquele que começa a ganhar seu dinheirinho e melhora de vida”, filosofa o sambista. Aliás, o DVD traz como extra um filme do músico em momento cabeça, intitulado Filosofia de Vida.

No conjunto, o trabalho, gravado ao vivo no Teatro Fecap, em São Paulo, é minimalista. Por vários momentos sozinho no palco, o músico interage com a platéia, contando e cantando saborosas histórias da sua vida. Em outras, ele é acompanhado de uma pequena banda, da qual faz parte Gabriel de Aquino, de apenas 17 anos, tocando violão na canção Jaguatirica. “Conheci o Gabriel na barriga da mãe. Ele é muito bom”, comenta Martinho. “Ele tem música na veia. É filho do violonista João de Aquino e sobrinho de Baden Powell.”

O sambista retoma no álbum canções clássicas, como Casa de Bamba, Pra que Dinheiro e, claro, O Pequeno Burguês. Na terceira faixa, por exemplo, antes de Martinho da Vila cantar, avisa a platéia: “Musicalmente eu comecei em São Paulo, no terceiro festival da MPB, da Record, em 1967.” E, acompanhado somente de um pandeiro, canta Menina Moça.

“É uma coletânea de todas as épocas. Sempre é uma dificuldade escolher o repertório. Sempre falta uma música.” O repertório, segundo o músico, foi escolhido de forma que as músicas se interligassem. “É como se todo o show fosse uma grande história.” Tanto é que lá pelo meio do espetáculo, Martinho – que foi sargento ‘burocrata’ do exército – explica parte de sua trajetória, por meio da letra de Na Aba, que diz: “Eu não nasci para coronel / saia da aba do meu chapéu”. As informações são do Jornal da Tarde.

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