Marisa Orth está no Romance volume II

Dar risada da decepção amorosa sofrida e até brincar com o estereótipo da solteira que diz não precisar de companhia são alguns dos momentos inesquecíveis que Marisa Orth proporciona ao público no espetáculo Romance volume II, que reestréia em Curitiba amanhã.

“Vale do desespero ao tédio, para dar uma lavadinha na alma. Não poupo ninguém”, brinca a atriz e cantora, que apresenta 12 músicas marcantes da década de 70 e faz cada expectador lembrar suas experiências amorosas.

As primeiras músicas tratam de sedução e conquista. Depois entram as músicas sobre problemas na relação, seguidas de músicas de traição e tristeza. Por fim, as melodias que abordam o recomeço.

“Não é explícito, mas é como se fosse a história de uma relação através das músicas, com palhaçada no meio, textos, histórias e participações da platéia”, explica Marisa. O espetáculo parte do princípio de que romances são iguais para todos, independente de idade, país ou sexo.

Em meio à dramaturgia, musical e interação, ela encontra uma definição para o sucesso do espetáculo. “A classificação que eu dou é show de música. Considero como um cabaré, mas já tomei bronca por falar isso. Me inspiro muito em shows da Bette Midler por que, já que você é atriz e canta, por que não usar isso?”, afirma.

Todas as músicas foram escolhidas por ela e são muito conhecidas pelo público. Fruto proibido, de Rita Lee, Minha fama de mau de Roberto e Erasmo Carlos e Sofre, de Tim Maia, são algumas delas. De acordo com a atriz, Insanidade temporária, de André Abujamra e Flávio de Souza, é o ponto alto da apresentação.

“Escolhi muitas músicas dos anos 70, período que considero maravilhoso para a música brasileira e mundial. Além disso, por volta de 1978 eu comecei a entrar no mundo do romance e as músicas marcaram o meu tempo também”, conta a atriz.

A banda que a acompanha começou a ser formada através do baterista Carneiro Sândalo, que tocou com Marisa na banda Vexame por muitos anos. Ele sugeriu a participação do baixista Paulo Bira.

A produtora do espetáculo trouxe o tecladista Alê Prade, que recomendou Marcos Camarano para as guitarras e depois o grupo encontrou Hugo Hori para assumir os instrumentos de sopro. O resultado disso está em um CD, à venda nas lojas de todo o País.

Curitiba

O Romance volume II já roda o País há dois anos e esteve em Curitiba em março do ano passado, durante o Festival de Teatro. A apresentação de amanhã será no mesmo palco do Teatro Positivo e marca o início da nova temporada.

Saindo daqui, o espetáculo passa por Florianópolis, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Marisa Orth volta à Curitiba em setembro, no teatro Fernanda Montenegro, com a peça O inferno sou eu.

Serviço

Romance volume II. Amanhã, às 21h, no Teatro Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, Campo Comprido). Os ingressos variam de R$ 74,00 a R$ 44,00.