Maria Luiza Jobim lança o álbum com o duo Opala

Maria Luiza Jobim já teve 15 minutos de fama no grupo Baleia, um misto de trupe cigana com orquestra de jazz que parecia acomodar tranquilamente as expectativas em torno de sua carreira. Leia-se: filha de Tom (a do Samba de Maria Luiza) integra banda de swing gitane, receita suficientemente agradável para falar à nova geração sem distanciar-se do legado paterno. Não que esse fosse o intuito de Maria Luiza, cantora de 26 anos. Mas, em uma geração povoada por filhos de grandes nomes – ou cantores com algum tipo de pedigree artístico -, a proposta da cria tende a obedecer os vínculos familiares da MPB. Sucede um marasmo perpetuado por músicos que caem nas graças de saudosistas em vez de derrubar suas expectativas.

Pois bem. Maria Luiza não se satisfez com os aplausos, e está atrás de uma identidade própria, mesmo que isto signifique caminhar longe da narrativa convencional. Lança no fim do mês um EP com o Opala, duo de pop eletrônico caseiro formado em parceria com o produtor Lucas de Paiva.

“O Baleia era legal, mas era muita gente. Não deu certo. Eu queria fazer as minhas próprias músicas, buscar outras influências”, conta Maria Luiza, por telefone, à reportagem. O Opala (nenhuma semelhança com a banda de samba-rock Os Opalas) faz indie pop com influências internacionais. Nas duas faixas já disponíveis na internet (através do www.soundcloud.com/maria-luiza-jobim), cantam em inglês, vestem faixas com sintetizadores e buscam espaço entre os elementos para afiar o impacto da voz. Dialogam com o som de bandas independentes como Beach House, Chairlift, Toro Y Moi, entre inúmeras outras, embora mostrem mais personalidade do que a maioria de bandas brasileiras que buscam tais referências.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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