Maria Flor diz que sua resolução se iguala à da Tina

O contrato de Maria Flor com Malhação não tinha sequer vencido quando ela resolveu bater à porta do diretor Ricardo Waddington. Ela sabia que o diretor de Núcleo do “folheteen” estava selecionando o elenco da próxima novela das seis, o “remake” de uma produção de época. “Nem sabia direito do que se tratava. Sabia apenas que era uma novela de época. Como eu acho que tenho ‘cara de época’, resolvi tentar”, admite. E foi assim que Maria Flor, depois de passar por uma bateria de testes, conseguiu o papel de Tina em Cabocla, de Benedito Ruy Barbosa. Na trama, ela é uma camponesa sonhadora que nutre uma paixão secreta pelo peão Tomé, interpretado por Eriberto Leão. “De cara, eu gostei da Tina. Do romantismo e da determinação dela de lutar pelas coisas em que acredita…”, enaltece.

Resolução essa, diga-se de passagem, que Maria Flor também tem. Quando começou a gravar Malhação, disse para si mesma: “Vou cumprir meu contrato de oito meses. Depois disso, o que rolar, rolou…”. No fundo, Maria Flor não queria passar pelo mesmo perrengue de tantos outros jovens atores, que ficam anos “esquecidos” no elenco de Malhação. Além disso, também não agradava a idéia de interpretar, por anos a fio, a mesmíssima personagem: a clubber Rê. “Malhação é legal para você mostrar sua cara na tevê. Se alguém chamar você para outra coisa, legal. Caso contrário, desista…”, raciocina. Ou, então, faça como a própria Maria Flor. Certa vez, ela soube que estava na mesma festa que um famoso diretor de cinema. Não teve dúvidas. “Fui até ele e me apresentei. Disse que era atriz e que estava a fim de fazer o próximo filme dele”, recorda.

Tela grande

Coincidência ou não, Maria Flor aguarda ansiosa a estréia de três filmes de que participou nos últimos dois anos. O primeiro é Cazuza -O Tempo Não Pára, de Sandra Werneck. Na cinebiografia do roqueiro, faz uma tiete tresloucada que segue o Barão Vermelho por todos os cantos. “Também sou fãzona dos Los Hermanos. Daquelas que fica nervosa só de ver um deles”, entrega.

Em seguida, vêm Diabo a Quatro, de Alice de Andrade, e Quase Dois Irmãos, de Lúcia Murat. No primeiro, faz uma babá do Amazonas que ganha a vida no Rio como garota de programa. No segundo, a filha de um político que se envolve com um traficante de drogas.

As atenções de Maria Flor no momento, porém, estão voltadas para a sua estréia em novelas. Como boa parte do elenco feminino de Cabocla, ela também passou 20 dias em um haras em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Lá, entre tantas outras coisas, aprendeu a fazer bordado. Quando conseguiu o primeiro ponto de cruz, ligou emocionada para a Vó Ester. “Ela sempre quis me ensinar a costurar, mas nunca dei muita atenção. Hoje, está orgulhosa de mim…”, derrete-se. O mesmo não se pode dizer da culinária. Atrizes como Vanessa Giácomo, Patrícia Pillar e Maria Flor se aventuravam na cozinha. “A gente é que fazia o nosso próprio almoço. Às vezes, dava certo. Outras vezes, não. Mas a gente comia assim mesmo…”, confessa, resignada.

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