Fruto do conhecimento artístico adquirido com o desenho, a pintura e a gravura, aliado às pesquisas efetuadas ao longo da carreira, a pintura de Marcelo Conrado se firma na abstração como forma da própria linguagem. A partir da próxima quarta-feira, dia 8, ele expõe pinturas e lança seu catálogo de obras no Museu Alfredo Andersen, às 19h. O artista expressa em formas abstratas componentes desta linguagem, e sua essência individual, assim caracterizando seu trabalho como autoral. O evento faz parte da Semana Andersen 2006, em comemoração ao 146.º aniversário de nascimento de Andersen.
O catálogo de pinturas de Marcelo Conrado traz obras referentes aos últimos três anos, fase em que ele deixa a variação de cores e estabelece sua produção no uso de cores monocromáticas, especialmente com o preto e o branco. Com 64 páginas, edição trilíngüe e texto da crítica de arte Nilza K. Procopiak, a publicação foi viabilizada por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
Segundo Conrado, seu processo de criação se desenvolve em duas fases: na primeira estabelece a pintura gestual, e na segunda decide o caminho da obra. Todas as pinturas desta série catalogada abordam um mesmo ritmo produtivo. Sobre as diferentes configurações que cada pintura toma, Nilza Procopiak afirma no catálogo: ?elas desenvolvem uma espécie de modo-contínuo de criação, sempre avançando por uma gama infinda de variáveis na composição?.
Sua pintura engloba pigmentos variados e alcança efeitos expressionistas abstratos. O material utilizado consiste no uso de pincel japonês e tinta a óleo em papel algodão e tela. O catálogo traz aproximadamente trinta trabalhos.
Nascido em Prudentópolis (PR), em 1976, Marcelo Conrado veio para Curitiba aos seis anos e no amadurecimento artístico freqüentou cursos livre no atelier do Museu Alfredo Andersen e do Museu da Gravura. Em paralelo à pintura, Conrado trabalha como professor de direito e faz mestrado em Ciências Jurídicas pela Fundinopi. Algumas de suas obras fazem parte do acervo da Casa Andrade Muricy, Museu Oscar Niemeyer e Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, em Curitiba. A mostra no Museu Alfredo Andersen permanece até o dia 4 de fevereiro de 2007. Mais informações pelo telefone (41) 3222-8286.
