Manu Chao ao vivo no Fórum Cultural Mundial

Manu Chao já é de casa, nem precisa bater na porta para entrar. Volta e meia aterrissa por aqui para fazer música, descansar, contar e ouvir histórias de gente comum, embrenhar-se por rincões obscuros da cultura nacional. E para cantar em rodas de bar, tomando uns tragos com os amigos que cultiva desde que pisou pela primeira vez no País, em 1992. Veio então com sua ex-banda Mano Negra, com a qual fez shows memoráveis no Vale do Anhangabaú e no extinto Aeroanta.

Em 2000, já em carreira-solo, incendiou o Free Jazz Festival, na trilha de Clandestino – Esperando la Última Ola…, um dos discos mais sensacionais dos anos 90. Ele volta a se jogar para a galera em show único, domingo, no Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, na abertura oficial do Fórum Cultural Mundial. Manu deve entrar no palco por volta de 18 horas. Depois dele vem Gilberto Gil. Manu trouxe cinco músicos de sua banda multicultural, a Radio Bemba Sound System. Os demais são brasileiros.

Espécie de menestrel mambembe, este franco-espanhol cigano é um dos caras mais bacanas e sinceros que há no pop, oásis no areal dos oportunismos. Adotou a identidade do Terceiro Mundo, antena deste no Primeiro, e leva sua marca nos trancos da guitarra acústica e folk. Reflexo de sua atitude cosmopolita, sua música rompe cancelas de aduanas na raça. É uma babel étnica mesclando rock, reggae, ska, africanismos, latinidades, ramagens árabes, celtas, brasileiras e o que mais se incorporar espontaneamente a seu arrastão sonoro por debaixo da linha do Equador.

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