Ao contrário de seus maiores rivais, The Commodores, o grupo Manhattan’s jamais havia vindo ao Brasil, mesmo tendo aqui uma das maiores bases de fãs do mundo. Anos se foram desde 1962, quando surgiram em New Jersey, com uma formação da qual ninguém sobrou para contar história. Mas o senhor Gerald Aston estava lá quando tudo começou, mais precisamente seis anos antes do ápice de Kiss and Say Goodbye, e quatro anos depois, na segunda explosão com Shinning Star.
Os dois hits astronômicos seriam o suficiente para deixar seus defensores financeiramente tranquilos. Não há um dia sequer que eles não toquem nas rádios de love songs pelo mundo, mas os amigos do Manhattan’s tiveram mais. Quem fala pelo grupo é Gerald, que quase se cansa de responder, afinal, por que levaram tantos anos para estar no Brasil. Eles fazem um único show na noite de sábado, no Tom Brasil. “Quase sempre me fazem essa pergunta.
Infelizmente, não é o artista que decide em qual país ele vai se apresentar. É preciso interesse de um produtor ou empresa de um determinado país. Nesse caso, fico muito grato pelo fato de a produção ter me dado essa oportunidade. Sempre soube da musicalidade do Brasil.”
A turma do Manhattan’s, incorporada também por um seguimento conhecido por AOR nos Estados Unidos (música orientada para rádios de amor das madrugadas – dois exemplos no Brasil são Alpha FM e Antena 1) é mais especificamente lembrada como representantes da Philadelphia Soul, ao lado de Stylistics, Blue Magic, Billy Paul e outros. Gerald fala se existiam ou não rivalidades internas: “Nós sabíamos que existia uma espécie de divisão na época. Pessoas que gostavam das músicas de ‘brancos’ e de ‘black e soul music’, mas nós não fazíamos músicas especificamente para negros”.
THE MANHATTANS
Tom Brasil. Rua Bragança Paulista, 1.281. Tel. 4003-1212.
Sáb. (2/6), às 22h.
R$ 120 a R$ 240
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.