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Mallu celebra o disco ‘Vem’, encerra turnê e faz planos

Enquanto a mãe da pequena Luisa falava ao telefone, a guria de 2 anos pedia por atenção. Queria brincar, mas recusou as sugestões de usar as canetinhas da mãe. “E com os carimbos”, tentou a matriarca. Em vão. “Quer tocar alguma música?”, sugeriu de novo. Logo, a guria foi se distrair e sua mãe voltou sua atenção ao telefone. É a nova – e ótima – vida de Mallu Magalhães, a mãe da pequena Luisa, em Lisboa, a se impor e “invadir” o final da entrevista ao Estado, por telefone. A cantora e compositora estava às vésperas de voltar ao Brasil para uma última turnê do álbum Vem, o lançado no ano passado.

Embora seja um grande disco – é o melhor dos quatro lançados por Mallu -, houve quem prestasse mais atenção às polêmicas que envolveram a artista na época do lançamento do álbum do que na obra em si, como a acusação de racismo no clipe de Você Não Presta ou na participação dela no programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo.

Agora, as tensões esfriaram e Mallu volta para mostrar Vem aos palcos brasileiros. A turnê inclui apresentações em São Paulo (nesta sexta, 3, no Tom Brasil), em Porto Alegre (no dia 9, o Opinião), Rio de Janeiro (dia 15, Theatro Net Rio) e Belo Horizonte (dia 18, Festival Sarará).

Vem é, como o título indica, um convite ao novo. “Vem, pode chegar.” Com ele, Mallu se abre às novas estéticas, às possibilidades líricas e de composição. “Comecei a sentir um impulso de comunicação”, explica a artista de 25 anos. Enquanto os trabalhos anteriores têm uma ideia de olhar para dentro, Vem expande. “É uma ideia de abrir a porta, a minha porta, totalmente. Os outros discos eram mais para mim. Esse último álbum é para os outros.”

Com o encerramento da turnê de Vem, Mallu seguirá nos palcos, mas com um novo formato, sem a banda que a acompanhará nessas apresentações pelo Brasil, formada por Thiago Consorti (baixo), Victor Cabral (bateria), Davi Bernardo (guitarra), André Lima (teclado) e Rodolfo Guilherme (trompete). “(Depois desses shows), vou deixar meu show mais ‘viajável'”, brinca ela, sobre o formato de apresentação na qual está sozinha no palco, chamado Estrela Polar. “Faço experiências com pedal de looping, canto canções antigas”, ela explica. “Com ele, será possível visitar teatros e lugares menores.”

Mallu não é de “gastar” seus discos ao vivo. Vem tem um ano de existência e vai ganhar um sucessor em breve. De Lisboa, ela conta que busca um novo processo de composição para o próximo trabalho. “Vou começar a compor com instrumentos eletrônicos, no computador”, ela conta. “Agora, com a Luisa, eu preciso trabalhar em silêncio, enquanto ela dorme.”

MALLU MAGALHÃES

Tom Brasil.

Rua Bragança Paulista, 1.281,

Santo Amaro, tel. 4003-1212.

6ª (3), às 22h. R$ 120 a R$ 200.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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