Mais uma série de aforismos & epigramas (im)pertinentes

O saber não ocupa lugar? A ignorância pode abarrotá-lo. *** Numa sociedade em que muitos têm muito pouco, e pouquíssimos têm demais, falta muito pouco para que todos percam, muito ou pouco. *** A injustiça é o combustível das revoluções. *** O melhor tipo de democracia seria aquela que transformasse todos os cidadãos em aristocratas. Mas todos, sem exceção. *** O que é mais importante: sacrificar o presente, altruísticamente, para garantir o futuro, ou sacrificar o futuro para, egoisticamente, desfrutar o presente? *** A memória é um dom admirável. Mas o esquecimento é uma benção indizível. Como seria terrível lembrar de tudo! *** A educação não deve limitar-se a fazer-nos saber mais, mas a ser melhores. *** Não, o amor não é simples e breve atrito de epidermes. É infinitamente mais do que isso: é uma perpétua complementação ou comunhão de almas. Eu disse perpétua? Talvez pudesse ter dito  eterna. *** Filosofar é simplesmente pensar de fraque e cartola ? e salto alto. *** É melhor estar certo das nossas muitas dúvidas, do que duvidar das nossas poucas certezas. *** A diplomacia e a política são as artes supremas de mentir com um sorriso à flor dos lábios. Embora, como ensina Shakespeare, se possa sorrir, sorrir lindamente, sorrir encantadoramente, e ser um canalha. *** Temos todos o direito democrático de discordar das leis, mas temos o dever constitucional de cumpri-las escrupulosamente. *** Há livros de economia que parecem tratados de metafísica. Nestes, as idéias pairam nas nuvens; nos outros, os números flutuam na estratosfera. *** É tão importante saber o que se sabe, como conhecer o que se ignora. *** Há muitos prodígios, mas o maior de todos é o homem. Equivocava-se o excelente Sófocles: há algo infinitamente mais prodigioso ? Aquele que tornou o homem possível. ***Definitivamente, não há perguntas estúpidas. As respostas é que podem, eventualmente, sê-lo. *** Dizia um dos irmãos Goucourt que a Estatística é a primeira das ciências inexatas. Não terá esquecido a Economia? *** O poder pode tornar-se um tumor maligno, cuja metástase, na fase final, contamina tudo. E onde se lê contamina, poderá ler-se corrompe. *** Tradicionalmente, e com as exceções de praxe, a letra dos facultativos é quase ilegível. Não seria o caso de chamá-la. 

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