Mágica do Teatro Negro de Praga

Num teatro escuro, eis que, subitamente, das sombras surgem imagens luminosas, lisérgicas, que saltam aos olhos. Uma linha se transforma num elefante, de repente vira um carro e sai andando pelo teatro. Essa é a mágica do Teatro Negro de Praga, Blacklight Theatre, que se apresenta no Teatro da Reitoria amanhã e dia 16, às 21h. Criado pelos tchecos Frantiscek Kratochvil e Vladimir Cabalka em 1975 e, desde então, sucesso pelo mundo todo, o espetáculo se utiliza de um truque, no qual os atores se vestem totalmente de preto, em um ambiente totalmente escuro, tornando-se invisíveis a olho nu.

Com patrocínio da Brasil Telecom, a peça fará uma longa temporada nacional com apresentações em Porto Alegre, Florianópolis, nordeste e Rio de Janeiro. No palco, não há palavras, não há sons, apenas imagens que se constroem e desconstroem em frente aos olhos do público sem que esse veja como. Com uma coreografia de movimentos afinados em que não pode haver erros, homens e mulheres vestidos de preto manipulam objetos.

A trupe apresenta uma seleção de esquetes, a maior parte cômica, com clima de desenho animado. Partindo do tema ?Anatomia de um beijo??, o Teatro Negro de Praga discorre sobre o amor. A delicadeza da relação entre homens e mulheres, as trapalhadas dos encontros e desencontros, romanticamente vão ao fundo do mar em busca da explicação sobre o amor, alçam vôo nas asas da imaginação e dos céus voltam à Terra para passear de carro.

O segredo do teatro parte do fundo negro, mas o encantamento vem dos efeitos de luz, com cores fluorescentes e movimentos surreais aliados à imagens reais. A impressão é a de que em uma tela são desenhadas diversas cenas cheias de movimento e realidade. Para Frantissek Kratochvil, que prefere a palavra ?teatro desenhado?? a teatro negro para expressar sua arte, o que existe é uma reunião da mágica, do cartoon e da mímica. Por mágica, ele entende através da técnica ancestral do teatro negro chinês onde atores com roupas pretas se movem imperceptíveis e com a leveza de ninjas pelo palco, objetos e linhas ?flutuam?? compondo cenários e personagens.

O cartoon está presente no traço do escultor e cartunista Kratochvíl, que lembra muito o do brasileiro Henfil, em personagens e objetos. ?Movidos? pelos atores dentro da técnica chinesa, os desenhos, em cores fosforescentes, ganham vida e realizam ações. Já a mímica se dá pelo trabalho do ator que contracena com os desenhos animados e com dez atores que, imperceptíveis, vão contando as histórias.

Serviço:

Espetáculo com o Teatro Negro de Praga, dias 15 e 16, às 21h, no Teatro da Reitoria. Ingressos a R$ 60 e R$ 30 (estudantes e idosos). Mais informações pelo telefone (41) 3360-5066. 

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