Dos acordes iniciais da Quinta – tocados em uma sala de concertos ou em um comercial de lâminas de barbear – à mensagem de paz e união da Ode à Alegria que encerra a Nona, as sinfonias de Beethoven tornaram-se parte indissociável da cultura ocidental. Testemunhos disso não faltam. Uma rápida pesquisa no site Amazon indica mais de 20 mil registros – e, mesmo com uma indústria fonográfica em frangalhos, sete novas gravações das nove sinfonias do compositor foram lançadas nos últimos cinco anos.

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Mas, em meio ao que pode parecer um mercado saturado, um maestro e um grupo de músicos de Bremen resolveram, no início dos anos 2000, que tinham algo de novo a dizer sobre essas peças. Por trás do projeto, uma ideia: a história de uma obra de arte é também a história da interpretação que determinada época dá a ela; e, sendo assim, por que não acreditar que bastaria ouvir os primeiros acordes de uma sinfonia para entender o mundo em que aquele som é produzido?

É com essa premissa nada modesta que o maestro estoniano Paavo Järvi desembarca nesta quinta-feira, 1º, em São Paulo para quatro concertos em que vai interpretar, à frente da Filarmônica Alemã de Câmara de Bremen, as nove sinfonias de Beethoven, no Teatro Municipal e na Sala São Paulo, pela temporada do Mozarteum Brasileiro.

É um dos eventos mais esperados do ano musical paulistano. Primeiro, claro, pelas próprias sinfonias. Mas também pela expectativa em torno da interpretação de Järvi e seus músicos, que tem sido celebrada mundo afora.

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PAAVO JÄRVI – Teatro Municipal. Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, 3397- 0300. 5ª e 6ª, 21 h. Sala São Paulo. Pça. Júlio Prestes, 16, 3367-9500. Sáb. e dom., 21 h.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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