No próximo domingo 1 de abril, a Orquestra Sinfônica do Paraná realiza a segunda e última apresentação do Ciclo das Sinfonias de Brahms, no Canal da Música. O concerto será às 17h, com a regência da maestrina Helena Herrera. Ingressos a 10 reais.
Desta vez serão apresentadas a Sinfonia nº 2 em Re maior, Op. 73 e Sinfonia nº3 em Fa maior, Op. 90.
A Sinfonia nº 2 foi composta em 1877. A sua première aconteceu em Viena, em 30 de dezembro de 1877 e foi dirigida por Hans Richter, um dos mais importantes e renomados maestros de seu tempo.
Ao compor a obra, Brahms ficou muito preocupado com o terceiro movimento, que podia ser confundido com uma valsa, apesar do gosto dos vienenses pela dança. A estrutura da obra localiza-se no limite entre o classicismo e o romantismo, mostrando a ligação do compositor com o período.
Mas apesar das preocupações do compositor, o público e a crítica receberam as suas Sinfonias com grande entusiasmo, possibilitando ao compositor atingir rapidamente um lugar proeminente da época.
Já a Sinfonia no.3, ao contrário das anteriores, foi a única que fez sucesso imediato, logo após sua estréia. Planejada desde 1880 e completada em 1883, durante verão que passou em Wiesbaden. É uma sinfonia muito mais avançada que as demais em termos de forma e conteúdo. Foi apresentada em Viena a 2 de dezembro de 1883, sob a direção do mesmo maestro da Segunda, que a nomeou de Heróica, devido ao caráter do seu primeiro movimento que possui padrões parecidos com os utilizados por Beethoven.
A maestrina
A maestrina Helena Herrera foi convidada especialmente para reger o último Ciclo de Brahms. Ela já regeu a Orquestra Sinfônica do Paraná diversas vezes.
Nascida na Colômbia e naturalizada brasileira, apresenta-se constantemente com grandes orquestras brasileiras e internacionais. É reconhecida pela sua trajetória, não somente na regência orquestral, mas também na pedagogia musical. Foi professora da cátedra de Historia da Música na Escola Nacional de Artes de Cuba e pianista co-repetidora da cátedra de cordas.
Sua intensa carreira internacional rendeu-lhe a Distinção da Cultura Polonesa, em 1988. Seu nome consta no Livro de Honra do Grande Teatro da Havana; é possuidora da Ordem da Cultura Nacional de Cuba. Seu vasto repertório sinfônico abrange desde o estilo barroco ao contemporâneo.
Atualmente vive em Brasília e faz especialização na Academia de Artes e Música do Brasil.