A estréia de “Step away”, mais recente filme com Madonna, remake do filme de Lina Wertmuller, gerou críticas irônicas na imprensa americana, que declaram que ela, como atriz, “é uma figura patética”.
“O filme cumpre uma missão impossível: nos faz ter piedade por Madonna”, escreveu o “Washington Post”. Sua performance, acrescentou o jornal, “é o que se poderia esperar de uma atriz amadora: não é convincente nem agradável”.
O filme é chato e faz sentir saudade da obra original de Wertmuller (com Giancarlo Giannini e Mariangela Melatoche), que desenvolvia temas como a luta de classes, sexo e ideologias políticas, totalmente ausentes na versão do diretor e marido de Madonna, Guy Ritchie. “Madonna conseguiu arruinar a carreira do marido, até agora brilhante”, observou outro crítico.
“Madona consegue ter performance e carisma nos videoclipes, mas não está em condições de atuar como atriz”, assegurou o “The New York Times”. “Interpretar um papel significa ter condição de renunciar e exercitar um controle emotivo, algo que Madona definitivamente não consegue alcançar”, acrescentou o jornal.
“O novo filme de Madonna não é tão mau como murmuravam vozes na pré-estréia: é pior ainda”, garantiu o “The New York Post”. O jornal considerou que Ritchie, privando a história de sua temática conflituosa e social, deixou os espectadores com dois personagens empenhados em discutir todo o tempo, algo decididamente pouco interessante.
O diretor não fez nenhum favor a sua esposa escolhendo um estilo de fotografia que evidencia seus músculos e seu corpo submetido a horas de ginástica e treinamento, escreveu outro crítico.
A presença de Adriano Giannini é uma das poucas coisas boas do filme. Mas esta também foi arruinada, segundo o “The New York Times”, pela evidente falta de química entre Madonna e o filho do famoso Giancarlo Giannini: o casal “não tem atração física ou emotiva, o diálogo é denso e até os abraços parecem mecânicos”, acrescentou o jornal.
