Em homenagem ao centenário de nascimento de Theodoro De Bona, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná, abriu na noite de anteontem (16), as exposições De Bona visto pela crítica, Mestre, Amigos e Contemporâneos e Sala Theodoro De Bona com De Bona. Na ocasião, foi lançada a reedição de seu livro Curitiba Pequena Montparnasse. As mostras permanecem até o dia 20 de fevereiro.
De Bona nasceu em Morretes em 1904. A partir de 1922 foi aceito como aluno de Andersen e em 1927 partiu para Itália, a fim de aperfeiçoar sua pesquisa plástica e também teórica. Retornou ao Brasil em 1937 e, nesse intervalo, participou de um grupo de vanguarda italiano alcunhado de Cà Pesaro, dos Salões dos Artistas Venezianos de 1928 a 1935, figurando também na tão disputada Bienal de Veneza, no ano de 1930, entre outros certames. Há quem diga que a fase mais criativa do artista se deu nos anos 40.
Decide ficar nesse país e envolve-se ativamente no movimento artístico italiano: participa do grupo Cá Pesarol; classifica-se no Concurso da Rainha, promovido pelo governo italiano para obras inspiradas na I Guerra Mundial; e executa o painel do altar de Santa Teresinha na Igreja de Meslianico, na região da Lombardia.
De volta ao Brasil realiza diversos trabalhos destacando-se o painel Fundação da Cidade de Curitiba, atualmente no Salão Nobre do Colégio Estadual do Paraná, e o painel Instalação da Província do Paraná, no Palácio Iguaçu. Entre 1960 e 1970, dá aulas de desenho e pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, onde também chega a ocupar o cargo de diretor. Recebe o título de Cidadão Honorário de Curitiba, outorgado pela Câmara Municipal, em 1981, e a Comenda Honorífica da Ordem do Mérito da República Italiana, no grau de Cavalieri Officiale, em 1983.
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