Ao fim de My House By The Water, última música do minidisco Another One, Mac DeMarco interrompe a canção de fundo, dá seu endereço e convida os ouvintes a passarem na sua casa para uma xícara de café. O canadense – morador da casa número 6802, em Bayfield Ave, no bairro Queens, em Nova York, caso queira dar uma passada por lá também -, recebeu algumas centenas de pessoas que ouviram esse convite e se dispuseram a ir até a morada erma do rapaz de 25 anos, localizada a uma hora de carro do centro de Manhattan.

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Essa é somente a última maluquice do atual “maluco beleza” da música indie internacional. É adorável, porém doidinho, assim como as canções que, desde o primeiro álbum oficial dele, o torto Rock and Roll Night Club (2012). Ele, que lotou a choperia do Sesc Belenzinho, em São Paulo, no ano passado, está de volta. No sábado, 21, foi principal atração da segunda edição do festival Balaclava Fest, realizado na Audio Club.

“Achei que seria uma ideia divertida”, conta o músico não muito falante naquele dia, ao comentar a proposta de chamar os fãs para tomar café. “Muitas pessoas foram até lá. Umas centenas, acho, não fiz a conta. É claro, havia umas pessoas esquisitas, mas a grande parte das pessoas só achava curiosa a proposta de ir até lá. Foram muito respeitosas também.”

Depois que teve sua passagem por São Paulo, ele toca em Curitiba (26), Porto Alegre (25), Recife (28) e Brasília ( 29).

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“Tenho ótimas recordações daqueles shows que fiz em São Paulo, embora não saiba dizer se algo aconteceu em um dia ou no outro”, comenta. “Mas lembro de carregar aquele rapaz que produziu aquela turnê, o Bruno (Montalvão, da Brain Productions, também responsável por essa turnê, ao lado do selo Balaclava), nos ombros. Foi ótimo.”

Desde a última passagem por aqui, DeMarco tem vivido uma ótima fase. O álbum lançado naquele ano, Salad Days, entrou na seleção de melhores gravações do ano em algumas publicações relevantes.

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Na vida pessoal, a namorada dele, a também canadense Kiera, conseguiu permissão para morar em Nova York com ele. Do novo cotidiano, nasceu o mais recente trabalho, Another One, considerado um minidisco, por ter apenas 23 minutos. São oito canções, tão desleixadas quanto ele, entorpecidas de nicotina, mas igualmente adoráveis.