Não é adequado sair por aí tachando uma banda disso ou daquilo. Mas o fato é que a banda gaúcha Fresno tem um público cativo de jovens entre 15 a 20 anos. Ou seja, trata-se de uma banda cujo as músicas são feitas para adolescentes. Além disso, o som que eles fazem sofre um incômodo preconceito da crítica por ser considerado emo e pop demais. O que, de certo modo, não deixa de ser verdade.

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Na contramão dessas críticas, o vocalista do Fresno, Lucas Silveira, 26 anos, lança este mês seu primeiro álbum solo: “The Rise And Fall Of Beeshop”. O trabalho surpreende pela maturidade musical e qualidade das canções. O próprio Lucas tenta explicar. “Não fiz um som alternativo. Coloquei nas músicas as influências que tenho e que não aparecem no Fresno, como Queen, Beatles e outras bandas das quais os críticos são fãs.”

Mais do que isso. O resultado desse álbum eleva Lucas a um novo patamar. Além dos rasgados elogios que vem recebendo, a crítica passou a enxergá-lo como músico e compositor que merece ser ouvido porque, provavelmente, dará alguma contribuição à música brasileira no futuro. A conclusão é de que ele deixou de ser uma promessa ou apenas mais um vocalista de banda adolescente para se firmar como alguém que tem – ou terá – algo a dizer.

A má notícia é que o Fresno ainda é o seu principal foco. “Fiz o trabalho solo no meu tempo livre. O Fresno nos colocou na mídia e a banda é minha principal ocupação”, diz. “Acho que esse disco cairá no gosto de quem não curte o Fresno”, diz o cantor.

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Todas as músicas foram escritas em inglês e, de fato, é possível perceber influências de Queen, em “A Night at the Opera”, de 1975, e Beatles, em “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, de 1967, nas canções “Cookies” e “Driving All Night Long”, respectivamente. Grande parte dos instrumentos foram tocados pelo próprio Lucas, com exceção dos violinos e da bateria.