Longa retrata o amor em diferentes fases da vida

Máximas como ‘não existem barreiras para o amor’ e ‘amor não tem idade’ foram pontos de partida para o diretor italiano Giovanni Veronesi cunhar sua trilogia Manual de Amor (Manuale d’amore, no nome original). Vencedor da 7.ª Semana Pirelli de Cinema Italiano, no ano passado, o último exemplar da série, que estreia nesta sexta-feira, aborda justamente a questão da possibilidade de se apaixonar em qualquer momento da vida e, não por acaso, ganhou no Brasil o título de “As Idades do Amor”. Entre os enamorados, estão os personagens de Robert De Niro e Monica Bellucci.

Assim como nos dois filmes anteriores de Veronesi, de 2005 e 2007, a comédia romântica “As Idades do Amor” reúne diferentes histórias de amor, experimentadas em diferentes fases da vida. Mas existe um elemento comum entre as três tramas do filme (que mais funcionam como três episódios): um cupido, que, entre os humanos, assume o papel de taxista.

Esse ser angelical também cumpre a tarefa de narrador, figura, muitas vezes, altamente dispensável dentro de um filme. Como acontece em “As Idades do Amor”. A priori, o narrador deve aparecer para acrescentar alguma informação nova ao espectador, como uma testemunha que sabe ou enxerga um pouco mais além. Só que aqui sua fala só verbaliza o que está evidente para quem assiste ao filme: o rapaz vai se apaixonar pela loira misteriosa, o apresentador de TV vai ser seduzido pela morena desequilibrada e o historiador aposentado, após “seis anos sem encostar em uma mulher”, vai voltar a experimentar a paixão com uma “deusa” quarentona.

A trama começa com “Juventude”, história de Roberto (Riccardo Scamarcio), um jovem advogado que está entrando no mercado de trabalho, ambiciona um bom cargo num escritório de advocacia e já encontrou, aparentemente, a mulher de sua vida. Todas suas certezas absolutas caem por terra quando ele precisa sair de Roma e convencer um casal de velhinhos a vender uma propriedade no meio de uma pequena vila na Toscana. Sua permanência forçada ali faz não só Roberto se afeiçoar pelo povo local – e por seu pitoresco estilo de vida -, como também por Micol (Laura Chiatti), uma ‘bella donna’, jovem e livre. Essa vivência faz ele repensar sua vida.

O momento ‘comédia à italiana’ é reservado ao segundo episódio, “Maturidade”, estrelado por Carlo Verdone, um dos mais populares atores do país, que já havia feito parte do elenco dos outros dois filmes da trilogia de Veronesi. Com humor escrachado e exageros só permitidos (e cabíveis) em uma produção italiana, a trama mostra outra vida entrar em colapso por causa de uma paixão. Respeitável âncora de TV e marido fiel, Fabio (Verdone) cai numa armadilha do destino. Ele conhece, por acaso, Eliana (Donatella Finocchiaro), que, a princípio, se apresenta como psiquiatra, mas logo se revela uma mulher obsessiva, que o persegue e vira sua rotina de cabeça para baixo.

No mesmo prédio onde vive Eliana, mora o americano Adrian (Robert De Niro), um dos protagonistas do terceiro episódio, “Além”. Professor de História da Arte, ele se aposenta e se muda para Roma após passar por uma cirurgia de transplante do coração. Solitário, é amigo do porteiro Augusto (Michele Placido), cuja filha Viola (Monica Bellucci) retorna à Itália, vinda da França, e acende o amor no novo coração de Adrian. As informações são do Jornal da Tarde.

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