Longa ‘Muita Calma 2’ estreia nesta sexta-feira

Bruno Mazzeo e o diretor Felipe Joffily concordam que houve um upgrade na produção de Muita Calma Nessa Hora 2, mas eles também dizem que o aporte de dinheiro não foi muito maior e, se o filme parece grandioso na tela, isso se deve, e muito, a soluções engenhosas. Para o espectador que vir o longa que estreia nesta sexta-feira, 17, em mais de 400 salas uma questão se impõe de imediato – como foi montado o festival de música que serve de cenário para boa parte da ação? “Quando começamos o planejamento, eu ainda não sabia quanto ia ter de dinheiro. O festival é um mix de arquivo e de computação gráfica”, diz o diretor. Parece simples, mas não é. Convém não subestimar o trabalho dele.

E Mazzeo – no filme, ele faz um astro do sertanejo universitário. A pergunta que não quer calar – Mazzeo se inspirou em Luan Santana? “Pois é, todo mundo quer saber isso e tem gente que até força a comparação. Esse sertanejo universitário é um segmento que tem astros de um perfil muito específico. Tem a calça apertada, os penteados exóticos. O Renan (nome do astro em cena) surgiu assim. Não é o Luan Santana, mas seria fugir da raia dizer que não tem nada dele.”

E o que é, para a dupla – diretor e astro/produtor -, o grande atrativo de Muita Calma 2? “É a retomada do viés do primeiro. Às vezes, percebo que a mídia põe muita ênfase em mim, no (Marcelo) Adnet, que está muito engraçado, mas a história continua sendo a das quatro amigas do primeiro filme. Depois de Búzios, elas vão a esse festival de música e, no imaginário do espectador, existe, por exemplo, o Rock in Rio. Não podíamos decepcionar a galera. O filme tinha de colocar um grande festival na tela.”

Muitas críticas que se fazem às comédias que arrebentam nas bilheterias é que elas são machistas, grosseiras. Mazzeo destaca – “Acho que só o fato de a gente ter o viés feminino já torna o filme mais delicado. Se vocês querem falar dos homens, a culpa não é nossa. As garotas do filme (Andréia Horta, Gianne Albertoni, Fernanda Souza e Débora Lamm) são todas ótimas.” Tudo cresceu no filme, até o elenco de apoio às quatro. E esse, por sinal, foi outro problema para o diretor. “Não é por se ter um pouco mais de recursos que as coisas ficam mais fáceis. Tínhamos muita gente com agenda lotada. Não foi fácil acomodar datas e horários de todo o mundo.”

Sobre o roteiro episódico, que parece abrigar ‘esquetes’ para o brilho de cada participante, Mazzeo avalia – “Acho bacana. Faz parte do tom coral e solar do filme. Para mim, Muita Calma 2 é um filme solar, para quem quer se divertir. Não estamos inventando o cinema nem querendo dizer coisas profundas. A gente quer divertir e se divertir, mas isso não significa que o filme não capte algumas coisas sobre os espectadores, o mundo. Cara, eu sinto que estou numa fase de amadurecimento. Como homem, como artista. O que eu faço expressa isso, tem de expressar.”

Há um momento muito engenhoso em Muita Calma 2. Rafael Infante, do Porta dos Fundos, canta para Gianne, com um visual inspirado em Marcelo Camelo, dos Los Hermanos. Aquilo foi o grande tour de force do filme – simular que ele está cantando para uma multidão. Melhor que isso, só o voo de asa delta. Mazzeo entrega – “Bicho, eles voavam a um metro do solo. Os efeitos digitais fizeram tudo.” Esse amadurecimento ‘técnico’ é parte da proposta de Muita Calma 2.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo