Longa ’12 Horas’ peca por desfecho previsível

O primeiro trabalho de Heitor Dhalia em Hollywood foge dos temas que caracterizaram a carreira do diretor. Em “12 horas”, não há nada de doentio, como em “O Cheiro do Ralo”, ou de solar, como em “À Deriva”. Trata-se de um thriller que conta a história de Jill (Amanda Seyfried), uma garota que foi atacada por um serial killer há dois anos e vive paranoica com um possível retorno do maníaco.

Um dia, depois de voltar do trabalho, Jill percebe que sua irmã não está em casa e passa a suspeitar que ele a tenha sequestrado. Quando vai à polícia denunciar o sumiço da irmã, ninguém acredita na história, já que Jill tem um histórico de internações em instituições psiquiátricas. Sem ajuda da polícia, Jill passa a investigar o paradeiro da irmã por conta própria e, por tabela, a arriscar sua vida.

Com um roteiro pouco original e um final previsível, o longa, que estreou no dia 24 de fevereiro nos EUA, teve uma péssima bilheteria no país. Com orçamento de US$ 24 milhões, até o momento ele arrecadou só US$ 12 milhões. Como diz o próprio Heitor Dhalia, trata-se de um filme de gênero e, como tal, entrega aquilo que um espectador espera de filmes como esse: suspense, perseguições, tiroteios e reviravoltas. Nas entrevistas com a imprensa no Brasil, Dhalia parecia redimir-se do fracasso do filme, eximindo-se da responsabilidade criativa do longa.

Tecnicamente, o filme não deixa a desejar e apresenta uma boa fotografia, trilha sonora e montagem. Justamente os elementos que estavam à disposição do diretor. O final, extremamente batido, não era o final feito inicialmente por Dhalia. Talvez o diretor tenha ousado um pouco mais no desfecho para não deixá-lo óbvio demais, não se enquadrando nas regras de Hollywood. As informações são do Jornal da Tarde.

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