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Lolla: Royal Blood faz rock tradicional para gente jovem

A chuva dava sinais de que chegaria em breve quando o duo britânico Royal Blood subiu ao palco Onix do Lollapalooza Brasil 2018 na tarde desta sexta-feira, 23. É a segunda vez da banda no Brasil – dessa vez, eles vieram com o disco How Did We Get So Dark, de 2017.

A pergunta (como ficamos tão sombrios?) do título reflete pouco no palco: a dupla, baixo e bateria, continua com seu rock tradicional – com influências claras que vão de Led Zeppelin a Queens of the Stone Age – continua tocando muito alto e fornecendo o som para o bate cabeça. Num momento do show, o vocalista Mike Kerr disse: “esse é certamente o melhor lugar para tocar no mundo”.

O palco Onix é o melhor do Lollapalooza: uma imensa ladeira acomoda os fãs na parte de trás. Quem escolhe ir para próximo do palco tem espaço para o agito, também. Com simpatia e habilidade musical a dupla consegue agradar as duas partes.

A novidade é Kerr – 27 anos, ele só precisa de um baixo para fazer o que 99% das bandas de rock do mundo fazem com uma guitarra. Os quatro amplificadores que ficam atrás dele garantem a distorção, que com sua habilidade mos dedos simulam os sons do instrumento de seis cordas.

Mas quem brilha na maior parte do show é realmente Ben Thacher, 30 anos, nas baquetas. Ele gosta de citar John Bonham (Led Zeppelin) e Dave Grohl como grandes influências, e no palco é possível perceber por quê.

Em 2018, um termômetro para medir a qualidade de shows de rock – o barulho cristalizado por Led Zeppelin e companhia, lá atrás – pode ser a reação de um público tão grande. E aqui, para o Royal Blood, não faltou gritaria, socos na cara e gente pulando. Não dá para reclamar.

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