A obra completa de Rubem Braga (1993-1990) é um dos objetivos traçados para a nova fase da editora Nova Aguilar, agora sob a égide do Grupo Editorial Global. Porém, ainda não houve aproximação formal ou negociação estabelecida com o espólio do escritor.
A maior parte das obras avulsas de Rubem Braga estão sob contrato com a editora Record até, pelo menos, 2018. O contrato envolve algumas das principais obras de Braga, como 200 Crônicas Escolhidas e Ai de Ti, Copacabana e em 2014, a editora pretende iniciar a reedição de toda a obra contratada, com lançamentos de três a quatro livros por ano. Está nos planos relançar também Crônicas da Guerra na Itália, esgotado desde 1996.
Contatado, o ensaísta e crítico André Seffrin, amigo de longa data da família de Rubem Braga e designado como um representante informal do espólio do autor, disse que sabe do interesse da Nova Aguilar, mas que não há negociação em curso.
Por outro lado, o editor executivo de literatura brasileira da Record, Carlos Andreazza, diz que a obra do autor capixaba é um patrimônio importante do qual a Record não vai abrir mão.
“Porém, como é um outro mercado [o de edições de obras completas], nós não podemos fazer nada, a não ser valorizar o nosso próprio trabalho”, disse.
A Nova Aguilar tem no catálogo, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade e Ferreira Gullar, obras que possuem contrato com outras editoras.
O diretor do Grupo Editorial Global, Luiz Alves Junior, que declarou o interesse na obra de Braga em uma reportagem do Estado na semana passada, reforçou que a ideia é reunir em uma edição especial o trabalho completo do autor, e não, de fato, tirar as obras da atual casa. Alguns livros avulsos de Braga já são editados pela Global. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.