Arte Rupestre a História que a Rocha não Deixou Apagar é um livro com uma proposta inédita e um conceito que surpreende os leitores, pois une a arte com a literatura ou a comunicação de seres humanos em diversas eras.
Este livro ajuda o leitor a penetrar nos esconderijos das cavernas onde o homem paleolítico criou e perpetuou na rocha as imagens da vida, dos sonhos e da morte, escrevendo uma linguagem enigmática que transmite, esconde e revela, em santuários naturais, o início do processo do primeiro estágio do Homem Moderno.
O autor é um apaixonado pelo conhecimento, difusão e preservação da arte rupestre. Conduz seus leitores pelos caminhos ásperos e difíceis de exploração das grutas que escondem as rochas que perpetuam sentimentos humanos e visões naturais e imaginárias.
No texto vigoroso e de leitura agradável, cheio de interessantes relatos e saborosas experiências, João Nei de Almeida Barbosa ajuda a localizar boa parte da história da origem da arte que a rocha não deixou apagar nesta parte do território brasileiro, no Estado do Paraná. São mais de 230 ilustrações (fotos, desenhos e mapas), com a devida localização dos sítios arqueológicos por GPS e demonstrados em imagem de satélite.
Ao todo foram 25 sítios pesquisados no Segundo Planalto paranaense, nas cidades de Ponta Grossa, Piraí do Sul, Tibagi (Parque Estadual do Paraná), Jaguariaíva e Sengés.
É possível detectar um senso de aventura e de silêncio ganhou a forma de um projeto para percorrer os caminhos do Segundo Planalto paranaense, e retratar nesta obra a arte rupestre como a história que a rocha não deixou apagar. O testemunho de uma beleza escondida, registrada pela pesquisa e fixada pela imagem fotográfica.
Lançar-se na aventura de localizar, classificar e analisar vestígios nos abrigos sob a rocha, não é como usar uma máquina de calcular; antes é romper a ordem do dia do artista das cavernas, com o silêncio cordial que mantém vivo para todos os que estão de fora, as múltiplas respostas e interpretações de fatos que a cultura guardou e que este livro quer mostrar.
Arte Rupestre a História que a Rocha não Deixou Apagar, está organizado como um ensaio de reflexão sobre acontecimentos culturais cristalizados sobre a pedra. A seqüência de assuntos como: A Cultura Favorecida pelo Meio Ambiente, Um Museu a Céu Aberto, Pré-História Brasileira, Imaginário Primitivo e os anexos, ajudam a clarificar que nenhum poeta ainda que sobre a rocha, nenhum artista de qualquer arte, tem seu pleno significado sozinho. O conjunto desta obra é uma apreciação cuidadosa do processo que chamamos arte rupestre.
O leitor vai construir uma relação entre o passado e o presente, a tecnologia das cores e o movimento congelado dos traços com o milagre fotográfico, os sonhos das cavernas e abrigos com a tênue esperança do aqui e agora. Com certeza, esta obra deixa-nos a impressão de que o modo de viver e produzir dos nossos antepassados definiu uma rica memória de futuro.