A indústria cultural pilota hoje a criação artística, do começo ao fim, afirma o professor da Sorbonne e economista Xavier Greffe num livro fundamental sobre o nascimento e a evolução do comércio artístico no mundo, Arte e Mercado, lançado pela Editora Iluminuras em parceria com o Observatório Itaú Cultural, do qual Greffe foi docente convidado para o curso de especialização em gestão e política cultural.

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O livro Arte e Mercado mostra a ascensão paralela da invenção da arte e da economia de mercado, analisando, entre outros temas, a mudança da relação entre artistas e aristocratas durante o Renascimento, quando os pintores começaram a impor suas escolhas aos nobres que encomendavam obras de arte. El Greco aprendeu com os italianos e foi um dos primeiros a reivindicar uma condição diferente do artesão, pedindo quatro vezes o preço imaginado por quem encomendava suas pinturas. Gerir a própria obra era, então, um fenômeno incomum na Espanha dos maneiristas. O pintores demoravam meses e até anos para receber por seu trabalho, quando não eram obrigados a vender suas pinturas em feiras, como o barroco Murillo.

ARTE E MERCADO – Autor: Xavier Greffe. Tradução: Ana Goldberger. Editora: Iluminuras (364 págs.,R$ 45).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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