A cidade da Lapa, marco de grande referencial e de grande importância na história, tanto do Paraná quanto do Brasil, acaba de ganhar mais uma obra que reluz ao seu significativo passado, a sua tradição e a história de seu povo. O livro, Lapa: Tropas e Tropeiros – Caminhos da História, das autoras Maria Inês Pierin Borges da Silveira e Valéria Borges da Silveira, fala das memórias que circulam pelas ruas da Lapa tendo ao fundo a penumbra dos antigos lampiões e o trote dos cavalos no silêncio sempre interrompido pelo canto dos sinos das velhas igrejas.

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No livro, as autoras contam um pouco do antigo sonho de escrever essa história. ?Pensar esta possibilidade é um desafio constante de resgatar os caminhos esquecidos ou pouco lembrados da nossa cultura?, diz Maria Inês.

Fundada em 1731, a Lapa teve origem devido ao caminho do Viamão (RS)-Sorocaba(SP), quando passavam por ali os tropeiros que faziam seu pouso às margens da Estrada da Mata.

De freguesia a vila, a Lapa foi elevada à categoria de cidade em 1872, e depois de ter participado da Revolução Farroupilha e da Guerra do Paraguai foi também lá que, em 1894, aconteceu o conflito da Revolução Federalista – considerada uma das mais importantes e mais sangrentas revoluções latino-americanas.

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Esta cidade que iniciou sua vida há mais de dois séculos ainda preserva em suas ruas e alamedas, e nos casarios de estilo português, marcas de uma história que nunca foi esquecida. Possui em seu centro histórico um conjunto arquitetônico com edificações do século XVIII, XIX e início do século XX, o qual é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Ao paginarmos este livro, estaremos aplaudindo a cultura local, naquilo que ela generosamente contribui ao longo dos tempos: o patrimônio artístico e histórico, as manifestações culturais, os monumentos e, é claro, os moradores, que tornaram a Lapa uma cidade com uma magia ímpar: rural e urbana, colonial e moderna.

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