Arqueólogos afirmam terem descoberto a estarrecedora previsão do calendário maia: um cataclisma global poderá dar fim ao mundo no dia 21 de dezembro de 2012.

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Já estudos de outras áreas do conhecimento contrariam o prognóstico apocalíptico da antiga civilização, mas não negam que o enigmático ano reúne todos os ingredientes necessários para representar um verdadeiro marco na história humana.

É impressionante – e ao mesmo tempo fascinante – como transformações e processos de origens diversas que vêm ocorrendo há anos e até há séculos culminarão em 2012.

Mas o que, de fato, esse ano reserva para a humanidade? Ocorrerá o fim dos tempos, ou o nascimento de um novo ciclo de evolução humana, ou ainda uma mudança física do planeta Terra?

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O livro 2012, sucesso internacional lançado no Brasil pela Geração Editorial, procura munir o leitor das mais variadas perspectivas e pontos de vista a respeito da data, possibilitando-o a tirar suas próprias conclusões sobre os mistérios que giram em torno do ano.

O livro chega ao País pouco antes da estréia do filme catástrofe 2012, de Roland Emmerich, que promete apavorar milhões de pessoas em todo o planeta. Tem estréia mundial prevista para novembro.

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Com o propósito não de apavorar, mas de esclarecer, o livro lançado pela Geração cumpre o desafio de unir áreas do saber, a princípio, opostas, mas que na verdade mostram-se complementares.

Como pontua Gregg Braden, autor do texto de abertura da antologia, para responder às questões que se apresentam “precisamos cruzar as fronteiras tradicionais que separam ciência, religião, espiritualidade e história e relacionar essas muitas fontes do conhecimento em uma única nova sabedoria”.

2012 é, portanto, uma coleção de ensaios de 24 diferentes autores pesquisadores, historiadores, cientistas e espiritualistas , que dedicaram durante décadas seus estudos à tarefa de decifrar os enigmas da data misteriosa e, assim, tornaram-se autoridades mundiais no assunto.

Na primeira parte da obra, procura-se chegar à raiz do significado de 2012, buscando uma compreensão da civilização maia e de seu calendário. Por que ele se encerra precisamente no ano em questão?

Autor de O fator maia, José Argüelles, por exemplo, explicita que é esperado para esse período o fenômeno de “sincronização galáctica”, pelo qual a Terra passaria por uma mudança astronômica que afetaria a vida de todos nós.

Em seguida, na parte dois do livro, são expostas as transformações de ordem econômica, política e social aguardadas para o ano misterioso. Destaca-se a argumentação de Ervin Laszlo, a qual vê 2012 como o “ponto do caos”, desfecho de uma série de mudanças na sociedade que tiveram início no fim do século XVIII.

Nesse “ponto do caos”, a humanidade terá dois caminhos a seguir: um que leva ao colapso e outro de ruptura, que aponta para uma nova civilização, marcada pela elevação da consciência humana.

Já na terceira parte, espiritualistas dissertam sobre os signos e o simbolismo relacionados a 2012. Finalmente, na última parte discute-se os rumos da evolução humana. Bárbara Marx Hubbard, por exemplo, explica como e por que podemos vir a nos transformar em uma nova espécie.

Para diferentes povos, o ano de 2012 há anos desperta medo, receio, interesse, fascínio. Mas sempre foi uma época pertencente a um futuro distante. Já não é mais, está logo ali.

E como a organizadora da antologia Tami Simon diz, “se há mesmo um tempo para investigarmos as possibilidades que serão abertas e nos prepararmos para suas oportunidades, esse tempo é agora”.

Por esses motivos, o livro lançado no País pela Geração Editorial promete instigar seus leitores ao debate e à reflexão a partir de uma viagem po,r um universo misterioso e, por mais predições que possam haver, imprevisível.