As diferenças de comportamentos de mulheres e homens nos relacionamentos são facilmente percebidas geralmente em situações de conflito. Enquanto elas não entendem porque eles gostam tanto de jogar futebol e sair com os amigos, eles não suportam a capacidade que elas tem de levar qualquer problema para uma discussão de relacionamento – mais conhecida como DR.

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Afinal, porque a grama do vizinho é mais verde? Levantar questões que afligem a homens e mulheres é a proposta do livro O marido perfeito mora ao lado (Editora Record), do jornalista e psicólogo Felipe Pena. Descrito como uma comédia romântica com ritmo de suspense, a obra trata da incomunicabilidade entre os casais.

Mais que uma obra ficcional, o livro é uma caricatura psicanalítica. Estão representados o marido que trai a mulher com sua complacência, a amante que quer acreditar na sinceridade do amado, a amalucada que quer destruir quem se envolve com o objeto de sua paixão. As questões levantam perguntas eternas: Por quê nunca estamos satisfeitos com o que temos?

Com interesse em esclarecer a importância em entender o outro, Pena resgata os conceitos da psicanálise para falar das relações amorosas. O fio condutor da narrativa é a personagem Olga, uma mulher angustiada que busca a ajuda de uma terapeuta para salvar o casamento. Mas logo percebemos que a angústia é um sentimento compartilhado por outros personagens.

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Em seu segundo romance, Pena elabora um enredo que mescla paixões, sociopatas e obsessões dentro de uma trama contemporânea situada na cidade do Rio de Janeiro.

O ritmo de suspense citado no segundo parágrafo começa a aparecer vagarosamente no decorrer da narrativa. É quando ocorre um crime e os terapeutas farão o papel de investigadores.

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Por acreditar que a literatura não necessita ser intrincada para trazer um conteúdo denso, o autor quer divertir o leitor por meio de um enredo ágil. “Quero fazer o leitor virar a página. Se você disser que não conseguiu largar o livro, terá feito o melhor elogio que eu posso receber”.

Pena, que é doutor em letras e psicólogo, buscou referências na experiência como psicanalista, onde percebe que os problemas são compartilhados por todos. “Nos relacionamentos, as coisas vão se reinventando a cada dia. A convivência com os defeitos é que faz a relação. Queria que as pessoas valorizassem mais o que tem em casa”.