Um tema popular e diversos autores. Os organizadores do recém-lançado A Cabeça do Futebol (Editora Casa das Musas), Carlos Magno Araújo, Samarone Lima e Gustavo de Castro convidaram colaboradores de formação variada para escreverem sobre futebol. O resultado é a prova de que a criança está sempre à espreita para ressurgir no adulto quando o assunto é colocado em campo. Muitos dos 28 textos são intimistas, embora fujam à ficção, e dão tom nostálgico ao livro. A referência à infância confirma que é de menino que se aprende a amar o futebol.

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A partida inesquecível em geral não é final de Copa do Mundo, mas vale tanto quanto. Ou mais. Pode ser um Ceub X América-RN disputado em 1975, em Brasília (No Tempo de Jacaré e Pablito Calvo, de Carlos Magno Araújo), ou Santos X Ponte, na despedida de Pelé (O Dia em Que Virei Santista, de José Roberto Torero). Quem sabe um tradicionalíssimo Fla-Flu (O Jogo, de Moacy Cirne), ou um duelo com a carga dramática de Fla X Vasco (Ele Sempre Será, de Rubens Lemos Filho).

A figura paterna é forte também. Afinal, reza a lenda que a primeira experiência em um estádio de futebol costuma ser conduzida pelas mãos do pai. Pai que pode também ir ao campo só para proteger o filho da mira de esbirros do autoritarismo (“A ditadura não é mais forte do que o amor de um pai”, de Juca Kfouri). Outras análises minuciosas também são conferidas pelos jornalistas Luiz Zanin Oricchio, em Futebol; e Daniel Piza, com Bola de Meia.

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