Os credores da Livraria Cultura aprovaram, no fim da tarde desta sexta-feira, 12, o plano de recuperação judicial da empresa. A aprovação não foi unânime, mas a rede de Pedro Herz ganhou mais um voto de confiança e a chance de tentar se reerguer e pagar sua dívida de R$ 285 milhões.
A Cultura pretende quitar sua dívida em 2033.
Ela dividiu seus credores em várias categorias, oferecendo melhores condições àqueles que não interromperam o fornecimento quando os pagamentos foram atrasados e depois suspensos e àqueles que voltarão a dar crédito à livraria.
Quem deixou de fornecer no período mais crítico da crise da Livraria Cultura só receberá 30% do valor devido, em parcelas a perder de vista.
Aqueles que estão vendendo para a Cultura desde 1º de dezembro de 2018 e continuarem até 60 dias da homologação do plano de recuperação judicial sofrerão deságio de 25% e receberão o restante em 48 parcelas trimestrais, que começarão a ser pagas 2 anos depois da homologação.
Já os credores que não interromperam o fornecimento após a data do pedido de recuperação judicial e se comprometem a manter o fornecimento de novos produtos em condições adequadas de mercado não vão sofrer deságio, mas também vão receber em 48 parcelas trimestrais daqui a dois anos.