A primeira vez que o Living Colour esteve no País foi em 1992, no festival Hollywood Rock. Foi um desbunde. Banda afinada, repertório monumental amparado por dois primeiros discos excepcionais (“Vivid” e “Time’s Up”). Dezessete anos depois, o quarteto computa apenas mais dois álbuns lançados, uma separação de seis anos e diversas visitas ao Brasil, sendo a última em 2007. Com um novo álbum nas prateleiras após cinco anos (“The Chair In The Doorway”), o grupo apresenta hoje seu novo show no Via Funchal, em São Paulo.
“Vamos tocar os antigos sucessos, mas teremos uma boa quantidade de músicas novas, já que estamos lançando um álbum depois de tanto tempo”, diz o vocalista Corey Glover. Ontem, o grupo tocaria no Bar Opinião, em Porto Alegre, e amanhã se apresenta no Circo Voador, no Rio de Janeiro, e no domingo finaliza mais uma passagem pelo Brasil no Music Hall, em Belo Horizonte. Além de Glover, a banda conta com o guitarrista Vernon Reid, o baterista William Calhoun e o baixista Doug Wimbish, completando a formação.
Em tempo de Obama, Glover diz não ter se inspirado na eleição do primeiro presidente negro norte-americano para as letras deste mais recente CD. “Obama é apenas uma pessoa. Hoje, estou muito mais preocupado com a relação entre os seres humanos em geral. Quem eu sou me importa muito mais do que responder sobre quem é Obama. As pessoas mais importantes para mim são os meus companheiros de banda”, diz. Glover vê o novo álbum como uma progressão do trabalho anterior, “CollideOscope”, de 2003.
Um exemplo é a música chamada “Taught Me”, uma resposta para a balada “Love Rears Its Ugly Head”, de 1992. “Ela fala que não importa se você se feriu ou não na vida tendo o amor como justificativa. Todos esses altos e baixos te fizeram chegar ao que você é hoje. É um exemplo de como podemos fazer mudanças interiores, que são mais importantes do que as mudanças exteriores”, diz o cantor. Fã de nomes como Bad Brains e Sly & Family Stone, Glover diz que hoje sua maior inspiração são, novamente, seus companheiros de banda. As informações são do Jornal da Tarde.
Living Colour. Via Funchal (6 mil lugares). Rua Funchal, 65, Vila Olímpia. Tel. (011) 2198-7718. Hoje, às 22h. Ingressos: de R$ 100 a R$ 160. Classificação: 12 anos. www.viafunchal.com.br