Literatura de cordel no Canto da Poesia, na Biblioteca de Cascavel

A poeta Cecília Meirelles será homenageada no Canto da Poesia (Biblioteca Pública) a partir desta quarta-feira (01). Dezoito poemas, em forma de literatura de cordel, da professora Salete Ribeiro Chaves, ficarão expostos até o dia 15 de novembro.

Salete aproveitou o mês de nascimento e morte de Cecília Meirelles para fazer a homenagem àquela que ela considera ?uma das maiores expressões da poesia modernista brasileira?, trazendo elementos que a própria autora considerava fundamentais como a liberdade e a força feminina. ?A poesia dela é densamente feminina, de uma delicadeza e de uma força indescritível?, afirma Salete, que produz versos rimados, com temas objetivos, geralmente de cunho idealista.

Primeira mulher a expor no Canto da Poesia, Salete considera o espaço de fundamental importância para divulgar novos nomes da poesia cascavelense. ?Resumindo, é uma porta que se abriu para quem não tinha nenhuma porta?, diz, referindo-se à dificuldade de inserção da poesia.

Formada em História pela Unipar e pós­-graduada em ?Arte: Educação e expressão cultural?, pelo Instituto Superior da América Latina (Isal), Salete trabalhou no ensino médio e no ensino especial da Apae, tendo recebido Menção Honrosa pela dedicação às crianças especiais. Participou de exposição de artes na Unioeste/Cascavel e outras exposições coletivas no Centro Cultural Gilberto Mayer. Foi associada da Saavop, participou do projeto ?Brasil 500 anos pelo SESC?, com banners no calçadão da Avenida Brasil, além de ter ministrado oficina de artes "Descobrindo novos talentos", em comemoração ao aniversário dos 80 anos da Semana da Arte Moderna, com exposição na Unipar.

Cecíli Meireles

Nasceu no Rio de janeiro em 1901 e faleceu na mesma cidade no ano de 1964. Diplomou-se como professora pela Escola Normal (Instituto de Educação-RJ) em 1917. Além de se dedicar ao magistério primário, colaborou nos principais jornais cariocas e deu cursos de Literatura brasileira nos Estados Unidos e no México. Premiada duas vezes pela Academia Brasileira de Letras, soma-se também à sua biografia o título de doutora honoris causa, da Universidade de Delhi (Índia).

Cecília Meirelles teve um papel importante na cena intelectual e política de seu tempo. Em 1922 ligou-se às vanguardas modernistas. Em 1938 ganhou o importante Prêmio de Poesia, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo livro Viagem. Atuou no jornalismo, que despontava e se desenvolvia surpreendentemente na época. Escrevia diariamente sobre os problemas da educação, de 1930 a 1934, no Diário de Notícias. Não poupava críticas à ditadura do Estado Novo implantada pelo então presidente da República Getúlio Vargas. Criou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro.

Deu aulas de literatura na Universidade do Distrito Federal, hoje UFRJ, e fez conferências nos Estados Unidos, Europa, Ásia e África. Traduziu peças teatrais, livros de poesia e prosa, e deixou numerosos textos inéditos. Sua poesia foi traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner, entre outros.

Serviço:
Evento: Canto da Poesia com Salete Ribeiro
Data: 01 a 15 de novembro
Local: Biblioteca Pública
Horário de visitação: segunda a sexta (das 8 às 19 horas)
Contatos com a poeta: (45) 3222-0579

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