Quando o Rock in Rio foi lançado na capital portuguesa, em 2004, três anos depois de sua retomada carioca, o nome Rock in Rio Lisboa soou confuso, uma aparente contradição geográfica. Sete edições depois, a experiência lisboeta se provou um trampolim para o festival, aos olhos de seu criador, o empresário Roberto Medina – o evento já aportou também em Madri (2008, 2010, 2012) e Las Vegas (2015). A partir de hoje, 23, serão quatro dias de shows na Cidade do Rock lusitana.

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“Lisboa nos abriu portas. O mercado internacional na área de eventos estranhamente é muito primário em relação ao que a gente fez no Brasil desde 1985. O Rock in Rio nasceu extremamente sofisticado”, diz Medina, 33 anos depois da edição original. “Em 2004, o mercado português era deprimido. Um patrocínio de grande evento era € 600 mil. A nossa primeira captação foi de € 13 milhões.”

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O público esperado no Parque da Bela Vista, onde foi montado o “parque temático da música e do entretenimento” do Rock in Rio, é de 80 mil pessoas por dia (um pouco menor do que o da última edição no Rio, em 2017), o que não deve ser afetado pelos jogos da Copa do Mundo. Os headliners são Muse, Bruno Mars, The Killers e Katy Perry. No Palco Mundo, estarão também portugueses e as brasileiras Anitta, amanhã, e Ivete Sangalo, dia 30 (a baiana participa desde 2004).

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A oferta de shows e serviços se parece com aquela a que o público carioca está habituado: são cinco palcos com shows, arena de games e espaço gastronômico, entre outras atrações. “Antes, a definição das bandas motivava as pessoas a ir. Hoje é tudo muito parecido, e poucas bandas enchem o festival”, analisa Medina. “O Rock in Rio Lisboa cresceu muito. Vivi aqui quatro anos, e três em Madri. Empresarialmente fui muito bem, mas era triste. Quero o aplauso do brasileiro.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.