Um dos destaques de uma talentosa geração de cantoras e compositoras britânicas, da qual fazem parte também artistas como Adele e Amy Winehouse (1983-2011), Lily Allen voltará ao Brasil depois de dez anos para ser a atração principal de uma tarde de shows no dia 9 de junho, a partir das 16h30, no Memorial da América Latina, dentro da programação do 23º Cultura Inglesa Festival. Quem fará a abertura para a inglesa será a artista brasileira Duda Beat. Os ingressos, gratuitos, começam a ser distribuídos pela internet ou em pontos físicos credenciados nesta segunda, 13, para alunos e staff da Cultura Inglesa e, a partir do dia 27, para o público em geral. Realizado em São Paulo, entre 24 de maio e 16 de junho, o festival traz em sua programação, além de shows, mostras de cinema, exposições, espetáculos de teatro e dança e atrações para crianças.

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Lily esteve no País em 2009 com a turnê do álbum It’s Not Me, It’s You, e retorna agora com seu mais recente trabalho, No Shame, de 2018. O que ela lembra de sua passagem pelo Brasil? “Eu me diverti muito. Eu amo a vibe. Música e comida são incríveis, espero que possamos ter algum tempo para saborear as duas nesta viagem”, afirmou Lily, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, por e-mail. Dona de hits pop como os ótimos Smile, The Fear e Not Fair, ela não antecipa em detalhes o que cantará para o público brasileiro, mas o repertório de suas apresentações recentes reuniu esses três sucessos e, claro, canções de No Shame, como What You Waiting For? e Lost My Mind. “Meu set no momento é principalmente de músicas de meu novo álbum, mas também estou tocando algumas coisas inéditas e alguns trechos do meu primeiro par de álbuns”, diz ela, referindo-se a Alright, Still (2006) e It’s Not Me, It’s You (2009).

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Com estilo rebelde, Lily Allen arrebatou público e crítica com Smile, single de seu disco de estreia, Alright, Still (2006). A combinação era sedutora: uma música antirromântica, com melodia aparentemente alegre embalando versos ácidos. O hit a levou ao topo das paradas europeia e americana. Olhando a carreira de Lily em retrospecto, seus discos, de certa forma, sempre tiveram certo tom biográfico. Ela considera No Shame seu disco mais autobiográfico? “Todos os meus álbuns são autobiográficos, eu acho. Não acho que No Shame seja mais ou menos do que os outros, é apenas mais triste talvez”, ela responde.

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Apesar de falar sobre si em suas letras, e expor o que pensa na imprensa e nas redes, como ser contra o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) e odiar a palavra feminismo, Lily não quis comentar com o Estado sobre esses temas. Mas falou sobre redes. “A mídia social é um presente e uma maldição. Eu estou fora do Twitter no momento.” E ela já está compondo para um novo trabalho? “Sim, tento estar no estúdio o máximo possível”, revela. “O novo álbum está quase todo escrito agora.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.