Chega nesta sexta-feira (19) às lojas ‘Labiata’, o novo disco do cantor Lenine. Com composições intimistas, o álbum, de acordo com o próprio músico pernambucano, é quase autobiográfico. “Mostra muito da minha intimidade. Meus filhos, João, Bruno e Bernardo, estão comigo, além de amigos de anos, como Ivan Santos, Lula Queiroga, Bráulio Tavares.” Os shows de lançamento do CD acontecem dias 31 de outubro e 1 e 2 de novembro, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Em março de 2009, o cantor segue para Paris, na França, onde inicia sua turnê internacional.
Gravado em estúdio, Labiata é o nono disco do compositor e aposta na continuidade. “Acredito que novo é tudo aquilo que foi esquecido. A minha preocupação não é essa. Não é novo eu sentir orgulho do que faço, fazer bem e com integridade. Então, de novo são as mesmas coisas”, brinca o músico, garantindo que o fato de não ter gravado o álbum ao vivo não interferiu no processo criativo. “Realmente, estúdio é um ambiente hospitalar e céptico. Mas acho que a presença da banda e o frescor das composições (Lenine compunha em um dia e gravava no outro) me afastaram disso. Consegui experimentar.”
O álbum tem o nome baseado na espécie de orquídea chamada Cattleya Labiata, que, segundo o cantor, tem semelhanças com seu trabalho. “Três coisas me atraem muito na flor: o impacto da beleza; a diversidade, pois ela pode crescer tanto no deserto da Austrália quanto nos montes do Tibet; e a resistência. Isso se aproxima do meu trabalho, procuro a beleza e muitos podem ser tocados pela minha música”, afirma ele, que se diz satisfeito com o público que atingiu. “Não tenho um desejo expansionista. Minha carreira lá fora existe desde 1993 e é natural que, a cada trabalho, isso seja ampliado, mas não penso no sucesso.”
Para o novo trabalho, Lenine apostou em diversas mídias – o disco foi lançado em CD, LP e também pode ser baixado na internet pelo site www.lenine.com.br. O cantor diz que não se incomoda com as novas formas de aquisição. “Sou a favor de todos os tipos de propagação. Acredito que o verbo ‘ter’ faz parte da conjugação do ser humano, ele quer ter de alguma forma, então não me preocupo se o garoto que gosta da minha música baixa do site ou compra em CD ou LP”, diz ele, que se diz um amante do vinil. “Para mim, trabalhar com o disco de vinil é passional. É um retorno à mídia com a qual me lancei, com Baque Solto, em 1983. Além disso, ele (vinil) está vindo agora com força total, é objeto de prazer de muitas pessoas.” As informações são do Jornal da Tarde.