Foto: Chuniti Kawamura |
O coordenador dos trabalhos, Geraldo Pioli, com os alunos Felipe de Loyola e Silva e Felipe Sclengmane. O curso foi realizado pela Fundação Cultural de Curitiba. continua após a publicidade |
Uma cidade que enfrenta sérias dificuldades devido à falta de água. Onde o governo decretou que cada pessoa só tem direito a cinco litros do líquido por semana e existe uma verdadeira máfia em torno da comercialização do produto.
Este é o cenário do filme Lei seca, que está em fase final de produção pelos alunos do Curso Prático de Cinema, realizado pela Fundação Cultural de Curitiba, em parceria com o programa Rede Olhar Brasil, do Ministério da Cultura.
A obra foi produzida ao longo dos últimos três meses e deve estrear no próximo dia primeiro de agosto, às 20 horas, na Cinemateca, com entrada franca.
?O curso teve início em maio e logo os alunos começaram a pensar em um tema para a produção de um curta-metragem. A falta de água foi escolhida por ser um assunto bastante atual, de grande importância para a humanidade e que rende muitas discussões?, afirma o coordenador dos trabalhos, Geraldo Pioli.
Todos os finais de semana, os participantes tiveram aulas de história e teoria do cinema, cinema brasileiro, roteiro, fotografia, som, produção, direção, edição e realização de filmes. Tudo que aprenderam foi colocado em prática na produção de Lei seca, mesmo no que diz respeito a interpretação de personagens. No total, os alunos realizam 160 horas de atividades.
?Muitas pessoas que fazem o curso o encerram e passam a trabalhar em filmes próprios. A produção de cinema no Paraná vem sendo bastante grande, principalmente nos últimos cinco anos, com o maior advento do cinema digital. Muita gente realiza filmes de maneira totalmente independente ou por intermédio de leis de incentivo ao cinema ou de incentivo à cultura?, comenta Geraldo.
Entre os participantes do curso, muitos têm a oportunidade de fazer um filme pela primeira vez. É o caso do advogado Felipe de Loyola e Silva, de 33 anos, e do estudante Felipe Sclengmane, de 22.
?É uma experiência bastante interessante, pois até então éramos simples espectadores e apreciadores de cinema. Pretendemos continuar na atividade após os encerramento do curso e a estréia de Lei seca?, declaram.
Além de Geraldo Pioli, o curso tem, entre os orientadores de módulos, cineastas, teóricos e profissionais de audiovisual, como Francisco Alves dos Santos, Luciano Coelho, Solange Stecz, Marcos Sabóia, Celso Kava Filho, Érico Beduski, Alessandro Laroca, Pedro Merege, Guto Pasko, Roberto Carlos de Oliveira e Gustavo Portes.