Lançado o Rascunho 62

A 62.ª edição do jornal literário Rascunho acaba de ser lançada. Sua capa chama os leitores para dois textos de fôlego. O primeiro é uma entrevista com o escritor mineiro Luiz Ruffato ? que recentemente editou, pela Record, os dois primeiros volumes de seu projeto Inferno Provisório. Ao longo de duas páginas, Ruffato fala ao jornalista Marcio Renato dos Santos sobre a realidade social brasileira e sobre seu desejo de inserir o trabalhador urbano na malha literária nacional. O segundo texto, assinado por Alberto Mussa, é um esclarecedor ensaio sobre o Livro das Mil e Uma Noites ? que ganhou, há pouco, a sua primeira tradução nacional, vertida diretamente do árabe por Mamede Mustafa Jarouche.

Também merecem destaque o ensaio de José Castello sobre o livro A Paixão Segundo G. H., de Clarice Lispector; a coluna do articulista Fernando Monteiro, anunciando, para a próxima edição do Rascunho, o início da publicação em capítulos de seu novo romance, O Inglês do Cemitério dos Ingleses; o artigo de Nelson de Oliveira sobre o escritor português Herberto Helder; e um texto, híbrido de prosa poética, ensaio e carta de despedida, em que Marco Lucchesi se despede do memorialista Antonio Carlos Villaça, morto no final de maio passado.

No Rascunho 62, também são resenhados os livros de Jô Soares, Domingos Pellegrini, Bob Dylan, Tom Wolfe e Giuseppe Berto. Oito contistas brasileiros têm seus livros analisados: Gianni Ratto, Lourenço Cazarré, Bernardo Ajzenberg, Silviano Santiago, Ivana Arruda Leite, Lívia Garcia-Roza, Frei Betto e Chico Lopes. E o poeta Álvaro Alves de Faria, em entrevista a Ronaldo Cagiano, fala sobre o êxito que seus versos vêm alcançando em Portugal.

Por fim, integram o caderno Dom Casmurro ­? dedicado à publicação de prosa e poesia brasileiras inéditas ? os contistas Marcus Vinícius Rodrigues, Carlos Emílio Corrêa Lima, Gustavo Tezelli e Sonia Coutinho, além dos poetas Célio Martins, Rodrigo Petrônio e Maria Dolores Wanderley.

Sobre o Rascunho

O Rascunho foi criado em Curitiba, em abril de 2000, pelo jornalista Rogério Pereira. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo e pelas polêmicas que fomenta entre escritores, críticos literários e consumidores de literatura em geral, o jornal literário atinge dez mil leitores em todo o Brasil. No Rascunho, aproximadamente 200 colaboradores de várias regiões do país já publicaram suas resenhas, entrevistas, ensaios, artigos, contos ou poemas. Entre seus colunistas fixos, estão autores do porte de Nelson de Oliveira, Fernando Monteiro e José Castello. Vários outros já lançaram trabalhos inéditos no Rascunho ? entre eles, Dalton Trevisan, Affonso Romano de Sant´Anna, Luiz Vilela, Lygia Fagundes Telles, Luiz Ruffato, Ivan Junqueira e Miguel Sanches Neto. O veículo tem 32 páginas, divididas em quatro cadernos distintos, e é publicado em edições mensais pela Editora Letras & Livros.

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