Lakecia Benjamin é o retrato do que pode ser chamado de novo jazz, mesmo que isso nem sempre seja jazz. Sua formação se deu em uma escola secundária de Manhattan chamada Eleanor Roosevelt, onde aprendeu a gostar dessa linguagem depois de começar tocando salsa, merengue e outros ritmos caribenhos.

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Sua musicalidade vem repleta de influências da música negra norte-americana. Nem sempre é instrumental, ela usa voz de cantores convidados em vários momentos de seus dois discos, e diz que quer mesmo é fazer as pessoas dançarem. “Sou a única musicista da família, e comecei porque tinha de escolher uma matéria opcional na escola. Escolhi música.”

O fato de colocar ou não voz em seu trabalho não parece um dilema que poderia distanciá-la do jazz. “Os instrumentos se complementam. Acho que só a voz, sem instrumentos, ficaria chato. Só os instrumentos também não seria legal. A voz ajuda as pessoas a se conectarem com a música.”

Lakecia é uma das atrações de um festival que faz a mais recente curadoria dos jovens produtores de jazz no mundo. Batizado de Mastercard Jazz Festival, com idealização de Monique Gardenberg, será realizado dias 31 de agosto e 1º de setembro, no Parque do Ibirapuera, com entrada gratuita. As outras atrações de destaque são o quarteto londrino Dinosaur, o trompetista Chris Scott, a dupla Lourenço Rebetez & Xênia França, os blueseiros da banda Robert Randolph & The Family Band, o rapper californiano Terrace Martin e o pianista de Seattle Aaron Parks.

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Guardadas as proporções, esse será o segundo festival de jazz a estrear neste ano, mesmo com as previsões de redução de investimento privado na área cultural por causa das indefinições e adaptações aos limites da Lei de Incentivo (antiga Lei Rouanet). O primeiro foi realizado durante quatro dias, há dois meses, o Rio Montreux Jazz Festival, do produtor Marco Mazzola.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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